domingo, 5 de outubro de 2014

Conferências Vicentinas


Conferências Vicentinas
 LINO MAIA

 
O Conselho Central do Porto da Sociedade de S. Vicente de Paulo apresentou o relatório anual referente à atividade vicentina no ano de 2013. Aí se espelha de forma exaustiva a dimensão da estrutura vicentina na Diocese.

 

Para além de 1.708 auxílios múltiplos e indiferenciados, ao longo do último ano os vicentinos contribuíram para a construção de 27 habitações e a recuperação de outras 51, favoreceram o emprego de 64 pessoas, patrocinaram a formação de 116 estudantes, visitaram 257 reclusos (apoiando, também, as respetivas famílias), ajudaram 298 toxico- dependentes ou as suas famílias, auxiliaram no pagamento de 563 rendas de casa, visitaram ou colaboraram no internamento um conjunto de 10.182 doentes e acompanharam um total de 13.865 famílias (de que faziam parte 31.307 pessoas).




A visita individualizada e o acompanhamento personalizado, grande marca vicentina, ocuparam cerca de 75% da ação dos vicentinos, daí derivando a generalidade dos apoios dedicados.

Em toda essa atividade os vicentinos empregaram um total de 1.701.064,70 •, enquanto a receita, proveniente de campanhas, da Cáritas, de coletas nas reuniões, contribuições de subscritores (que são 4.829), fundos de solidariedade (Diocesano e Social) e peditórios atingiu os 1.716.081,76*.

Comparativamente ao ano anterior: aumentou o número de Conferências (mais 4), ao mesmo tempo que aumentou o número de famílias e pessoas apoiadas (mais 812 e 4.431, respetivamente), diminuindo em cerca de 19% tanto o que se recebeu como o que se distribuiu, conseqüência, certamente, da crise e do empobrecimento coletivo, que não propriamente do esmorecimento dos vicentinos.

 
 
 
Presentemente, o Conselho Central do Porto da Sociedade de S. Vicente de Paulo é muito bem liderado por Manuel Carvas Guedes. Congrega 26 conselhos de zona (quase coincidentes com as Vigararias), que, por sua vez, agrupam 310 Conferências. Integram ainda esta estrutura vicentina a Casa Ozanan (em crescendo no apoio e no serviço prestado às Conferências e aos Vicentinos), a Obra São Maximiliano Kolbe (de auxílio aos reclusos militares), as obras vicentinas de apoio aos Reclusos (O. V. A.R.) e aos Ciganos (O.V.A.C.), o Farrapeiro de S. Vicente de Paulo, o Lar de Santo Antônio (na Maia, em renovação) e a Loja Social (em expansão) que no coração da cidade do Porto acolhe e apoia os que mais precisam, enviando-os depois para as Conferências de proximidade, para uma ajuda complementar e continuada. Num total, na Diocese, são 3.821 vicentinos (jovens, senhoras e homens, menos 8 que no ano anterior): autores de muita ação e muita vida, de muito dinamismo e muito amor partilhados.

O relato e os números ajudam a imaginar em quanto foram minorados muitos sofri­mentos e algumas dificuldades. De numerosas famílias e de crianças, de muitos doentes e de idosos, de alguns reclusos e de toxicode- pendentes e de tantas e tantos outros...

Mas importa ler o que está para além dos números. E é imaterial.

Porque é no dar que se recebe, também os vicentinos chegaram ao fim do ano bem mais enriquecidos porque muito deram. E com eles também toda a diocese: ao longo do ano houve um conjunto de 5.052 reuniões vicentinas, espalhadas por tudo quanto é comunidade. “Em média”, em cada duas horas, há alguém que se junta a alguém. Ambos rezam e têm o testemunho de um conselheiro espiritual. Refletem a partir de um caso ou de uma experiência, de uma situação pessoal ou familiar, da Palavra de Deus ou da Igreja. Acontece partilha. E a caridade permanece!...

 

In Voz Potucalense de 1 de Outubro de 2014

 


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