As paróquias como factor de progresso social
Viver a caridade é ver um rosto
amigo em todo o semelhante... é ter a alegria como característica principal que
nos define, esquecendo ódios e rivalidades... pois é "dando que se
recebe, é perdoando que se é perdoado, é amando que se é amado, é morrendo que
se vive para a vida eterna" (São Francisco de Assis).
Como comunidades cristãs, as
Paróquias devem ser núcleos de onde irradie a caridade; uma paróquia amorfa e indiferente aos problemas da
sociedade é como uma lâmpada apagada: a luz que eventualmente poderia dela
irradiar dá lugar à escuridão e ao comodismo da indiferença que, com o tempo,
dá lugar a uma fé apagada e fraca. Felizmente, e embora com algumas excepções,
a Igreja Portuguesa tem demonstrado grandes preocupações sociais, conforme
provam as estatísticas oficiais: cerca de 90% da acção social portuguesa
está nas mãos da Igreja. Isto dá que pensar e, principalmente, cala muitos
críticos que ainda vêem a Igreja como um "papão capitalista"... se
não fosse a acção da Igreja, a miséria seria muitíssimo maior! Quem levaria a
cabo tão dispendiosa tarefa? O Estado? Os privados? Será que conseguiriam
substituir a acção das organizações sociais da Igreja, munidas do esforço de
tantos leigos dedicados (muitas vezes voluntários não remunerados)?
Mas, e convém não esquecer, a
caridade cristã é uma caridade edificante e não uma benevolência esmoler que
humilha e não faz crescer o Ser Humano. De facto, ensinar o pobre a pescar é
maior caridade que dar-lhe o peixe de
"mão beijada"... ou seja, os cristãos devem procurar elevar o irmão
que carece da sua ajuda; ora é impossível elevar uma pessoa humilhando-a, ao
fazê-la depender da nossa esmola sem que
procuremos pôr termo à situação degradada em que ela vive.
Ao promover a formação moral e
material das pessoas, a Igreja compromete-se no esforço de desenvolvimento
tornando-se, principalmente através das paróquias, um agente do desenvolvimento
ao serviço da sociedade.
Filipe
Alves
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