ESTUDO RELATIVO À CATEQUESE PAROQUIAL
A Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima
resolveu levar a cabo um estudo relativo à assiduidade das crianças da
catequese paroquial. Para tal procedeu-se a um inquérito, cujos resultados
publicamos para melhor acompanhamento da situação da catequese paroquial por
parte dos pais, dos catequistas e da comunidade em geral. Do sucesso da
catequese depende todo o futuro da nossa jovem paróquia: só uma catequese
dinâmica pode gerar, no futuro, uma comunidade activa e cativante... É que não
podemos esquecer que as crianças que hoje frequentam a catequese serão um dia
adultos, que, na sua maioria, só contribuirão para este dinamismo comunitário
se lhes forem incutidos, desde tenra idade, os valores cristãos. Como este
processo de socialização é levado a cabo, em grande parte, pela catequese, a
eficácia pastoral desta é de primordial importância.
É conhecida a expressão "aprende-se
até morrer"; podemos dizer o mesmo da nossa paróquia: estamos em
permanente evolução, e quem se fecha sobre o passado corre o risco de
"perder o Norte" perante o Mundo novo que surge. Deste modo, a
catequese deve ser vista como um processo de aprendizagem e descoberta mútuas,
em que ao mesmo tempo que queremos transmitir o evangelho aos mais pequenos,
também procuramos novas e melhores maneiras de o fazer, cada vez mais a caminho
da plena realização da Palavra de Jesus.
Passamos então aos resultados do
referido inquérito, realizado junto dos catequistas:
• Estrutura
demográfica da população em estudo:
Num universo de 873 indivíduos matriculados na
catequese paroquial, 421 são do sexo masculino (48.3% do total) e 452 do sexo
feminino ( 51.7 % do total). No entanto, podemos ainda dividir a catequese em
duas categorias, nas quais se distribuem os nela matriculados:
- a catequese infantil (da
Pré-Catequese ao 6º ano): estão matriculados nesta categoria 663 crianças
sendo 331 deles meninos e 332 meninas;
- a catequese da adolescência (
do 7º ao 11º ano): estão matriculados nesta categoria 210 adolescentes
sendo 90 deles rapazes e 120 raparigas;
Conclusões: existem mais
meninas do que meninos matriculadas na catequese. Embora na catequese infantil
a margem que as separa dos meninos seja insignificante (uma menina a mais),
revela já a tendência verificada na adolescência, em que a diferença que separa
os dois sexos é de 20 raparigas a mais. Do mesmo modo, existem mais crianças do
que adolescentes a frequentar a catequese.
• Assiduidade e
aproveitamento:
Para avaliar o aproveitamento dos
matriculados na catequese baseamo-nos, em cada uma das categorias acima descritas,
no critério da frequência à catequese demonstrada no início do ano pastoral de
97/98. Assim, procedemos a uma nova "divisão" dos indivíduos em
estudo:
-
Frequência assídua: podemos ver que cerca de 70% das crianças
revelam assiduidade à catequese. No entanto, as meninas são mais assíduas, com
76.2% de presenças frequentes, ficando os rapazes pelos 64.7%. Na catequese da
adolescência, estas percentagens são menores, tendo mostrado assiduidade 54.4%
dos matriculados. A diferença registada entre rapazes e raparigas é também
menor, tendo 55.8% delas sido assíduas
contra 52.3% deles.
- Frequência ocasional da
catequese: aqueles que frequentam a catequese ocasionalmente
constituem 12% dos infantis (14.2% dos
meninos e 9.9% das meninas), e 22.8% dos adolescentes (17.8% dos rapazes e
26.7% das raparigas).
- Nunca compareceram: aqueles
que, apesar de matriculados, nunca compareceram na catequese (no ano de 97/98),
constituem 17% dos infantis (21.1% dos meninos e 13.9% das meninas), e 22.8%
dos adolescentes (30% dos rapazes e 17.5% das raparigas).
Conclusões: Existe uma diferença
de 15.6 pontos percentuais entre as taxas de frequência assídua da catequese
infantil e da catequese da adolescência (70% na Infância para 54.6% na
Adolescência), justificada pelo aumento, na catequese da adolescência, das
percentagens de adolescentes que não comparecem assiduamente e daqueles que
simplesmente não comparecem nunca (aumento de 10.8% dos pouco assíduos e de
5.8% dos que nunca compareceram), de modo que a percentagem de pouco assíduos é
igual, na adolescência, à dos que não têm assiduidade nenhuma (28%) . Vemos
também que as meninas são mais assíduas em ambas as categorias.
• Estudo comparativo
em relação ao ano de 1987:
Realizou-se em 1987 um estudo semelhante,
cujos resultados se podem ver nos quadros anexos. Da análise destes podemos
concluir:
-
Em 1987, 80.4% (45.3% dos meninos e 54.6% das meninas) dos matriculados na
catequese infantil compareceram pelo menos uma vez na catequese. Em 1997, essa
percentagem é de 82.5% (78.9% dos meninos e 86.1% das meninas). Na catequese da
adolescência também se verificou um aumento de assiduidade. De facto, em 1987 a
percentagem dos que frequentavam minimamente a catequese era de 67.4% (46.7%
dos rapazes e 53.2% das raparigas), enquanto em 1997 é já de 77.1% (70% dos
rapazes e 82.5% das raparigas).
-em 1987, a percentagem de crianças
que nunca compareciam era de 19.6%. Em 1997 essa percentagem é já de 17.5%.
Quanto aos adolescentes, essa diferença é ainda maior, já que enquanto em 1987
29.59% deles nunca compareceram, essa percentagem é agora de 22.86%.
Balanço final: da análise do 3º quadro
vemos que no período considerado houve:
- um aumento da assiduidade das crianças
de 2% e de 14% nos adolescentes;
- uma diminuição dos abandonos da
catequese por parte das crianças (-2.1%) e dos adolescentes(-13%)
NOTA: a Paróquia possui um
registo de 1200 crianças matriculadas na catequese. No entanto, 327 destas
abandonaram a catequese há mais de uma ano, daí que o nosso trabalho incida
sobre 873 crianças, e todos as
estatísticas apresentadas tenham sido elaboradas com base neste número.
Estudo
realizado por Filipe Alves
A
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