Obras da Misericórdia
Dar de comer a quem tem fome, não é
por vezes muito difícil, mas não basta dar de comer, é preciso dar-se, como
Aquele que se deu no pão da vida. Como Deus que conduziu Moisés com o seu povo
à Terra onde havia leite e mel.
Dar de beber a quem tem sede, basta
ter à mão água potável, mas o que é difícil é dar daquela água que sacia a sede
para sempre.
Dar roupa a quem precisa não é
complicado, o que custa é ver a miséria, o sofrimento, a humilhação, a
violência, … e agradecer os dons que Deus nos dá como primícias dos frutos do
nosso e baptismo, trazê-los ao altar.
Não e difícil dar dormida ao
peregrino, o que pode acontecer é que o nosso coração fique desconfiado e com
medo, o que significa que não houve acolhimento.
Visitar os doentes e assistir aos
enfermos pode ser fácil, o que nem sempre é fácil é tomar a nossa palavra ou o
nosso silêncio inspirado pela Escritura tão perto e tão próximo do enfermo, é confessando
e acreditando que Cristo é a fonte da Vida.
Visitar os presos pode não ser
difícil, o que pode custar é perdoar e dar a mão para promover porque se é
capaz de invocar o Senhor comigo, ou sem mim, também será salvo.
Enterrar os mortos é abrir uma cova e
sepultar os cadáveres, o que pode ser complicado é vencer as tentações da fama,
do poder, da riqueza, de guardar o nosso tesouro neste mundo como que se não
houvesse uma vida celestial e terna para além desta efémera vida terrena.
Nesta quaresma
vamos continuar a fazer o mesmo de sempre cumprindo um calendário e um ritual
já gasto? Vamos continuar para sobrevivermos na nossa pequenez e caminhar para suicídio
global.
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