Nuno Cachadinha
Gonçalves
O
Nuno, o jovem Nuno Chadinha deixou muitas saudades entre os seus amigos e
foi um dos fundadores, em Viana da
família Kolping que teve vida efémera. A
propósito a obra Kolping nasceu na Alemanha por iniciativa de Adolfo Kolping,
no sec. XIX, quando da revolução industrial em que o artesanato começou a
correr riscos de extinção dando origem ao desemprego e a inúmeras famílias sem
trabalho e sem meios de subsistência.
Adolfo
Kolping sentiu dolorosamente a situação dos seus colegas de trabalho que, dia a
dia, caíam na miséria. A infelicidade que viu nos companheiros levou-o a pensar
seriamente em deixar o emprego e o trabalho que vinha exercendo e continuar os
seus estudos com vontade firme e decidida de vir a ser sacerdote. As
dificuldades que lhe surgiram pela frente não o fizeram desanimar; nem a
incompreensão do seu pároco.
Aos
23 anos ajudado pela bondade de seus benfeitores, deixou o trabalho e continuou
os seus estudos, vindo a ordenar-se aos 32 anos.
Em
1849, Kolping foi colocado em Colónia como vigário da Catedral e, nessa altura,
Carl Marx iniciava a divulgação do seu pensamento.
No
dia 6 de Maio de1849 Kolping iniciava a sua obra numa sala escolar com apenas 7
jovens, tendo-se dedicado inteiramente à implantação e ao desenvolvimento do
seu projecto em toda a Alemanha e no Estrangeiro. Destina-se a todas as pessoas
qualquer que seja a sua área de ocupação e é inspirada na doutrina social da
Igreja Católica sobretudo nas questões referentes ao mundo do trabalho, da família,
da sociedade, da moral e da religião e mantém-se fiel aos critérios da fé
católica.
O
seu método de trabalho fundamenta-se na vida comunitária dos seus membros. Nas
«famílias Kolping» assim são conhecidas as suas células, cultiva-se o
relacionamento amigo, o clima de família, a participação comunitária e o
espírito democrático. Daí a sua potencialidade na formação e promoção do jovem,
lançando-o no mundo do trabalho.
A
obra Kolping promove a sociedade enriquecendo-a com trabalho, a iniciativa e o
sacrifício de todos. O trabalho promove todo o progresso científico e humano, é
através dele que somos úteis aos demais. O trabalho é necessário para o
desenvolvimento das próprias faculdades e talentos.
Kolping
valoriza as festas, os passeios, e teatro amador, o folclore, os jogos, ou seja
no fundo valoriza a recriação, a cultura, o convívio e, para isso, é necessário
habituar a humildade a conviver com os outros, a contar com eles, a
respeitá-los.
A
obra Kolping não funciona como irmandade, nem como clube. A obra Kolping se
fosse estritamente uma irmandade religiosa, não atingiria o seu objectivo
específico, o mundo das realidades sociais (desemprego, salários em atraso,
trabalho infantil, etc.), iria perder a sua maior parte de eficácia, pois a
irmandade religiosa é predominantemente social. Se, por outro lado, fosse pura
e simplesmente social estaria a privar-se de todo um conteúdo formativo e
transformador pretendido pelo padre Adolfo Kolping que formou as comunidades
como escola de vida, tanto no campo do trabalho, como na família e na sociedade
ou ainda religião ou na recreação.
Esta
obra apareceu em Portugal há mais de trinta anos em Bragança com diversas
«famílias». assim como em Lamego. Em Viana do Castelo, um grupo existiu desde
Outubro de 1986, na paróquia de Nossa Senhora de Fátima, reunindo todas as
semanas.
Fundada
em Viana em 1986 e sedia da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, iníciou na
cidade este movimento expandiu ao Senhor do Socorro, Nogueira onde existiram
grupos activos muito fortes.
Entre os vários prejectos, os de Nogueira
porduziram em estufas produtos hortícolas que colocavam no mercado a bom preço
e os do Socorro socorriam as carências da sociedade e, entretanto, a Kolping de
Nossa Senhora de Fátima projectava a criação de uma fábrica de velas e fundou
uma cooperativa de bordados artísticos. Para além de projectos que possuía para
enraizar uma família verdadeiramente unida elaborava programas de divulgar,
formação convívio e festas, tômbolas e rifas para fazer face a despesas elementares,
promoveu o desporto e a relação entre mil e seiscentos metros quadrados de vinha foi motivo de formação vinícola em
teoria e pratica. Realizaram todos os trabalhos da área da viticultura desde a
plantação até à colheita e venda dos respectivos produtos directos e indirectos
.
Jovens
houve que participaram em encontros de formação em Viana, Lamego, Bragança e
Alemanha.
Recebeu
a ajuda da obra Kolping Internacional e Nacional. Recebeu em Viana os mais responsáveis
nacionais e internacionais. Foram feitos contactos, em mais de 20 paróquias
para a fundação de novas famílias. Em 1989 cria uma agenda cheia de serviços e
projectos ainda por realizar. Chegou uma tempestade, a incompreensão a nível
entre responsáveis mais velhos da Kolping Nacional pelo que o escândalo não
superado pela família Kolping de Viana, de as raízes tão débeis que, a pouco e
pouco, foi difícil de aguentar o calor da juventude vianense.
Foi
neste contexto que melhor conheci o Nuno e gostaria de chamar às colunas deste
jornal. Ressuscita-lo na memoria de todos
os que o conheceram, foi um voto que fiz aquando da celebração da Missa
do 7º aniversário do seu falecimento. Em 11 de Junho de 1994 fechou os olhos
para este mundo,o Nuno António Cachadinha Gonçalves num acidente de viação no
Cais Novo, em Darque.
A
obra Kolping, depois da família, da catequese e da Paróquia tornou-me muito
próximo deste amigo nascido em 08.04.1968 e baptizado na freguesia de Nogueira,
terra de origem dos seus pais, Dr. António Araújo Gonçalves e ela Mº da Piedade
Cachadinha Gonçalves. Depois de frequentar o Liceu de Viana, foi para Bragança
frequentar a Escola Agrária. Era um agricultor, muito divertido e bom
ouvidor.Sempre gostava mais de ouvir o outro do que falar-lhe e sempre muito
firme naquilo que dizia.
O
Nuno foi um Kolpinguista.Ao descrever algo sobre esta obra é porque o Nuno se
identificava com ela e, deste modo, todos os leitores, poderão melhor aquilatar
da sua perssonalidade e vivência.
Sempre
o achei como um jovem muito inteligente. Na verdade, não se ocupava muito com a
escrita ou com a leitura, mas quando atendia aos professores nada lhe escapava,
atendendo perfeitamente a lição e
tirando dela as devidas conclusões práticas. Mais que inteligente era um jovem
amigo do amigo, sincero, generoso, amigo de fazer bem e, pelo amigo, era capaz
de dar “a camisa do corpo”.Daí o seu interesse pela obra Kolping à qual
presidiu nos orgãos sociais no seu destino que não foi longo.
Recebeu a ajuda da obra Kolping Internacional e Nacional. Recebeu
em Viana os mais responsaveis nacionais e internacionais. Foram feitos
contactos, em mais de 20 paróquias para a fundação de novas famílias. Em 1989
cria uma agenda cheia de serviços e projectos ainda por realizar. Chegou uma
tempestade, a incompreensão a nível entre responsáveis mais velhos da Kolping
Nacional pelo que o escândalo não superado pela família Kolping de Viana, de as raízes tão débeis que,a pouco e pouco,
foi difícil de aguentar o calor da juventude vianense.
Foi
neste contexto que melhor conheci o Nuno e gostaria de chamar às colunas deste
jornal. Ressuscita-lo na memoria de todos
os que o conheceram, foi um voto que fiz aquando da celebração da Missa
do 7º aniversário do seu falecimento. Em 11 de Junho de 1994 fechou os olhos
para este mundo,o Nuno António Cachadinha Gonçalves num acidente de viação no
Cais Novo, em Darque.
A
obra Kolping, depois da família, da catequese e da Paróquia tornou-me muito
próximo deste amigo nascido em 08.04.1968 e baptizado na freguesia de Nogueira,
terra de origem dos seus pais, Dr. António Araújo Gonçalves e ela Mº da Piedade
Cachadinha Gonçalves. Depois de frequentar o Liceu de Viana, foi para Bragança
frequentar a Escola Agrária. Era um agricultor, muito divertido e bom ouvidor. Sempre
gostava mais de ouvir o outro do que falar-lhe e sempre muito firme naquilo que
dizia.
O
Nuno foi um Kolpinguista. Ao descrever algo sobre esta obra é porque o Nuno se
identificava com ela e, deste modo, todos os leitores, poderão melhor aquilatar
da sua personalidade e vivência.
Sempre
o achei como um jovem muito inteligente. Na verdade, não se ocupava muito com a
escrita ou com a leitura, mas quando atendia aos professores nada lhe escapava,
entendendo perfeitamente a lição e
tirando dela as devidas conclusões práticas. Mais que inteligente era um jovem
amigo do amigo, sincero, generoso, amigo de fazer bem e, pelo amigo, era capaz
de dar “a camisa do corpo”. Daí o seu interesse pela obra Kolping à qual
presidiu nos orgãos sociais no seu destino que não foi longo.
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