Como
se chama?
O
Santo do seu nome
Não
há nada no mundo que nos pertença mais do que o nome que possuímos. Tudo o
resto passa, tudo se modifica, a beleza, cargos, situações, empregos, casas,
amores, dinheiro, etc… Diz a ditado popular: “troca-me a porta, mas não me
troques o nome”.
Quando
deixamos de existir é apenas o nosso nome que fica gravado.
Mas
afinal, o que é o nome? O nome é a palavra com que se designam, no caso, as
pessoas; é a identidade de cada um de nós. O nome tira as pessoas e as coisas
do anonimato(Gr1).
O
nome é constituído por um prenome e o sobrenome. O prenome será então, o nome
particular com que se distingue cada um dos membros da mesma família o nome de
baptismo. No caso do sobrenome ou patronímicos serão os nomes dos pais é o nome
que designa uma filiação ou uma linhagem de sangue ou de adopção.
O
sobrenome, em Portugal, é normalmente composto pelos nomes da mãe e por o do
pai (exemplo nome da mãe Maria José de Sá
e o pai João Rodrigues; o filho, naturalmente irá adoptar os dois
sobrenomes “Sá” e “Rodrigues”, ficando por exemplo António de Sá Rodrigues).
A
onomástica é uma ciência bonita através da qual se estuda a etimologia (origem e
formação), a transformação e a classificação dos nomes próprios.
O
nome engloba todas as características de uma pessoa, desde a altura em que tem
a ver com esse mistério único e singular que é cada criatura. Por isso, no povo
de Israel o nome era dado por Deus e era como dar a alguém a vida, colocando a
pessoa diante de uma vocação predestinada logo de inicio. A nossa origem está
no coração de Deus. Só subsistem os projectos que estão no coração de Deus.
Na
mentalidade antiga, o nome de um ser não só o designa como também determina a
sua missão. Por exemplo, Emenuel” significa Deus connosco. Foi isso mesmo que
Deus quis ao revelar-se e ao dar-se a conhecer, entregando-se ao seu povo. Uma
mudança de nome indica uma mudança de destino. (Gn 17.5). Está aqui a
explicação da mudança de nome de algumas pessoas quando se dedicam a outro tipo
de vida que escolhem por vocação algum dia. A dádiva e o recolhimento a algumas
Ordens Religiosas e, até mesmo, o nome do Papa.
Mas.
Embora pareça um pouco incrível, o nome tal como hoje se usa, isto é, o nome
próprio ou de baptismo ou prenome, acrescido do sobrenome ou patronímico ou
nome de família só se usa desde há quatro séculos.
Os
romanos usavam o mesmo nome para designar um conjunto pessoas (o gens) com um
antepassado varão comum, o que é exactamente uma família.
Até
há quatro séculos apenas se usavam um nome a que, por vezes se acrescentava um
qualificativo geográfico, social, profissional ou simplesmente físico – como
Braga, Velho; carpinteiro, ruivo, etc… A partir do Séc. XVI os sobrenomes
passaram a ter transmissão hereditária para o qual se buscava um nome próprio
para a celebração do baptismo, entre os nomes de Santos e mártires. Nos dois
últimos séculos, depois da Revolução Francesa, assistiu-se a uma maior abertura
na escolha de prenomes, até porque muitas pessoas não eram baptizadas.
Com
a independência de Portugal e o desenvolvimento da cultura, às Três grandes
fontes tradicionais da ciência dos nomes onomástica – (Latina Visigótico e até
mesmo a Itália para além de outras modas de proveniência castelhana ou inglesa.
Actualmente,
os meios de comunicação de massa, o prestígio de cartas figuras públicas, da
política ou das artes, são factores que contribuem poderosamente para a geração
de modas.
Assim,
os nomes vão obedecendo a essas ditas modas e, mais do que isso, a ciclos, a
épocas para, depois mais tarde, entrarem no perfeito desuso. Muitos ficam pelo
caminho desaparecem, mas surge outros nunca antes vistos. Apesar de tudo, ainda
hoje os nomes de mais larga difusão entre nós continuam a ser os de origem
latina(António, Augusto) germânica (Afonso, Luís)ou hebraica (João, José Ana
Maria), nomes que têm atrás de si séculos que lhes permite resistirem com
vantagem às mais ou menos passageiras “epidemias”.
Podem
dizer que a escolha de um nome para um filho é um grande acto de amor. O nome
que vai ter é a roupa com que o individuo entra na sociedade, que tanto poderá
parecer pronto a vestir, como alta costura.
Nomes
estrangeiros são por vezes bonitos. Mas, veja por exemplo Willian Silva, Soraia
Rodrigues, Jéssica Sousa…
Muitas
vezes, os pais desejam prestar homenagem a algum familiar na selecção do nome
para o filho ou a um personagem célebre da História de algum romance ou filme
que os sensibilizou. Contudo, ao fazê-lo, devem ser criteriosos, pois esse nome
vai servir não para um futuro imediato, mas para toda uma vida. A moda passa,
entra em desuso. Não carregue, nem castigue o seu filho com este tipo de nomes.
Uso
os nossos, os portugueses mais tradicionais porque esses pelo menos são algo
que nos identifica à nossa terra, à nossa cultura, às nossas gentes e com toda
a certeza irão persistir np tempo…
Em
relação aos nomes, ainda podemos caracterizá-los e ver neles certas
curiosidades engraçadas: há nomes que são utilizados tanto como prenome como
sobrenomes Exemplo Afonso, Rodrigues ou Rosa Maria Afonso, utilizam-se certos
nomes para servir de alcunha alterando-lhes por exemplo, a grafia José passa a
Ze, António passa a Tone (maneira mais fácil de chamar as pessoas), ou então o
Zé da Horta, a Maria da Meadela, o “Jon” da Maria (classificação dada por
certas particularidades), etc… assim como usar o diminutivo, adoçando a maneira
como nos dirigimos a essas pessoas, ex o
Toninho, o Joãozinho, etc… Para além disto certas pessoas tomam-se famosas e
populares pelos seus actos e feitos, conseguindo e recebendo dos outros a honra
de ter certas ruas e caminhos com o seu próprio nome(apenas conhecido na zona –
Vulgo sem que constem em mapas camarárias e outros documentos legais de
atribuição de nomes às ruas (ex caminha
da Fortunata, Quelha dos Arezes, etc) . Podemos verificar ainda outras
curiosidades como a existência de nomes que em Portugal têm uma composição com
outros que é infinita (Ex João, Maria, José…)a tanto podem ser utilizados como
primeiro ou como segundo nome (Maria João- José Maria, José Pedro- Pedro
José….).
Verifiquemos
ainda outra particularidade que é a existência de nomes característicos e quase
específicos de certas regiões, para além da abundância de pessoas com os
apelidos Silva e Santos, geralmente presentes em toda a área nacional e em
percentagens praticamente iguais. Permitam me mesmo dizer que estamos num pais
de Silvas e Santos…
Fátima
Cambão
in Paróquia Nova
in Paróquia Nova
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