Igreja
Bento XVI, em Quarta-feira de Cinzas disse que a
Igreja vive um momento “particular”, lamentando os “pecados” contra a unidade
e as “divisões no corpo eclesial”.
“Viver a Quaresma numa comunhão eclesial mais
intensa e evidente, superando individua- lismos e rivalidades, é um sinal
humilde e precioso”, referiu na homilia da celebração das cinzas, que foi
transferida para a Basílica de São Pedro, dando início ao tempo da Quaresma.
Bento XVI convidou os presentes a viverem o
“caminho penitencial” rumo à Páscoa em conjunto com “muitos irmãos e irmãs, na
Igreja”.
“Para mim, esta é uma ocasião propícia para
agradecer a todos, especialmente aos fiéis da Diocese de Roma, enquanto me
preparo para concluir o ministério petrino, e para pedir uma particular
recordação na oração”, disse ainda.
A Quaresma é um período de 40 dias em que os
católicos são chamados a práticas de jejum, penitência e esmola para preparar
a Páscoa, a festa mais importante do calendário cristão que assinala a
ressurreição de Jesus.
A homilia do Papa cessante falou da importância do “regresso a
Deus”, lembrando os que “estão longe da fé ou indiferentes”.
“Muitos estão prontos para ‘rasgar as vestes’, perante escândalos e
injustiças, mas poucos parecem disponíveis para agir sobre o seu próprio
‘coração’, a própria consciência e as suas intenções, deixando que o Senhor
transforme, renove e converta”, acrescentou.
O Papa frisou que o “regresso a Deus” implica “a cruz, seguir
Cristo no caminho que conduz ao Calvário, ao dom total de si”.
“É um caminho no qual se aprende todos os dias a sair cada vez mais
do nosso egoísmo e dos nossos fechamentos, para dar espaço a Deus que abre e
transforma o coração”, acrescentou.
Bento XVI concluiu com o pedido de que ninguém fique “surdo” perante
estes convites à conversão, elogiando o “rito austero, tão simples e tão
sugestivo, da imposição das cinzas”.
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