sábado, 29 de março de 2014

Papa presidiu o Rito pela Reconciliação

Papa presidiu o Rito pela Reconciliação

"Converter-se não é questão de um momento, é compromisso que dura a vida toda" Papa Francisco

Vatican
 
© FILIPPO MONTEFORTE/AFP
Nesta sexta-feira, 28, Papa Francisco presidiu o Rito pela Reconciliação de mais penitentes com a confissão e absorção individual.

A Celebração da Penitência aconteceu na Basílica de São Pedro e foi aberta ao público. Alguns fiéis alí presentes puderam se confessar com o Santo Padre. O rito seguiu com cantos penitenciais, Celebração da Palavra, homilia e confissão geral dos pecados.

Homilia do Santo Padre:

No período da Quaresma a Igreja, em nome de Deus, renova o apelo à conversão. É a chamada a mudança de vida. Converter-se não é questão de um momento, ou de um período do ano, é compromisso que dura a vida toda. Quem entre nós pode dizer que não tem pecados? Ninguém. Escreve o apóstolo João: “Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, tanto a nos perdoar como a nos purificar de toda iniquidade” (1Jo 1,8-9). É o que acontece também nesta celebração e em toda esta jornada penitencial. A Palavra de Deus que escutamos nos introduz em dois elementos essenciais da vida cristã.

O primeiro: Revestir-nos do homem novo. O homem novo “criado segundo Deus” (Ef 4,24), nasce no Batismo, onde se recebe a vida própria de Deus, que nos rende filhos e nos incorpora a Cristo e a Sua Igreja. Esta vida nova permite olhar a realidade com olhar diversificado, sem mais ser distraído das coisas que não contam e não possam durar muito. Por isso somos chamados a abandonar os comportamentos de pecado e fixar o olhar no essencial. “O homem vale mais por aquilo que é que por aquilo tem” (Gaudium et spes, 35). Eis a diferença entre a vida deformada pelo pecado e aquela iluminada da graça. Do coração do homem renovado segundo Deus, provém os comportamentos bons: falar sempre com verdade e evitar cada mentira; não roubar, mas compartilhar aquilo que possui com os outros, especialmente com aqueles que precisam; não ceder à ira, ao rancor e a vingança, mas ser manso, magnânimo e prontos ao perdão; não cair na calúnia que destrói a boa fama das pessoas, mas olhar o lado positivo de cada um.

O segundo elemento: Permanecer no amor. O amor de Jesus Cristo dura para sempre, nunca existirá fim porque é a vida mesma de Deus. Este amor vence o pecado e doa a força de realizar-se e recomeçar, porque com o perdão o coração se renova e rejuvenesce. O nosso Pai não se cansa nunca de amar e os seus olhos não pesam no olhar para estrada de casa, para ver se o filho que se foi e se perdeu retornará. E este Pai não se cansa nem mesmo de amar o outro filho que, permanecendo sempre em casa com ele, todavia não compartilha da sua misericórdia, da sua compaixão. Deus não apenas é a origem do amor, mas em Jesus Cristo nos chama a imitar o seu modo de amar: “Como eu vos amei, assim ameis também os outros” (Jo 13,34). Na medida em que os cristãos vivem este amor, se tornam no mundo discípulos verdadeiros de Cristo. O amor não suporta permanecer fechado em si mesmo. Por sua natureza é aberto, se difunde e é fecundo, gera sempre novo amor.

Caros irmãos e irmãs, depois desta celebração, muitos de vocês se tornarão missionários para propor aos outros a experiência da reconciliação com Deus. “24 horas para o Senhor” é a iniciativa que aderiram muitas dioceses em cada parte do mundo. Aos que encontrarem, podeis comunicar a alegria de receber o perdão do Pai e de reencontrar a amizade plena com Ele. Quem experimenta a misericórdia divina, é levado a ser autor da misericórdia entre os últimos e os pobres. Neste “irmãos menores” Jesus nos espera (cfr Mr 25,40), andemos ao encontro! E celebremos a Páscoa na alegria de Deus!
sources: Vatican
 

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