sábado, 29 de março de 2014

Quando uma mulher sabe amar

Quando uma mulher sabe amar

Conheça a história de Chiara e seu testemunho de amor e doação como mulher e mãe

Clarissa Oliveira
 
                                                                                                                                                              @DR
Em uma época na qual se defende a ideia de que liberdade é poder fazer o que se quer; numa sociedade cada vez mais individualista e confusa diante dos reais valores da vida, surge um grande desafio aos cristãos: ser sinal de contradição para este mundo.

Neste contexto, o testemunho de Chiara Corbella deixa muitos impressionados. Chiara é, como se costuma dizer, da “geração João Paulo II”, uma mulher cheia de vida, alegre e jovem. Conheceu o seu marido, Enrico Petrillo, em Medugorje e, antes de se casarem, em 2008, fizeram um caminho de namoro acompanhados por frades da cidade de Assis.

Logo em sua primeira gravidez, ela teve uma surpresa ao fazer a ultrassonografia e descobrir que sua filha, Maria, foi diagnosticada com anencefalia. O casal decidiu seguir a gravidez até o fim, o que já foi uma surpresa para muitos. Trinta minutos depois de nascer, Maria veio a falecer.

O segundo filho do casal, Davide, ainda no início da gestação, foi diagnosticado com uma deficiência: ele não possuía as pernas e tinha má-formação visceral. Como na vez anterior, contra a expectativa de muitos, os pais decidiram prosseguir. Ambos os filhos, Maria e Davide, chegaram a nascer e, mesmo vivendo poucos minutos, foram acompanhados pelos pais até o último minuto.

Chiara engravidou novamente, desta vez era Francesco. Os exames mostravam que o menino era saudável, para a alegria do casal. Porém, no quinto mês de gravidez, Chiara descobriu uma lesão na língua e logo na primeira cirurgia os médicos diagnosticaram que se tratava de um câncer. Ela tinha duas opções: seguir com a gravidez ou interrompê-la por causa do tratamento do câncer. A escolha de Chiara foi pela vida de seu filho, ato este que colocou em risco sua própria vida. Foi somente após o parto que Chiara pôde dar início ao tratamento com quimioterapia e radioterapia, que ela enfrentou com muita serenidade e irresoluta confiança na Providência.

Diante de cada uma das suas lutas, Chiara sempre reagiu aceitando-as como provações que Deus lhe concedeu viver. Foi então que, no dia 13 de junho de 2012, Chiara não resistiu e veio a falecer. Hoje, o pai Enrico cuida do filho Francesco e testemunha, por onde passa, a alegria de ter lutado pela vida de seus filhos, e também a coragem e fé que sua esposa teve durante sua caminhada neste mundo.

A história de Chiara nos mostra que podemos nos opor à massiva ideologia que despreza vidas indefesas em ventres maternos por tantos e quaisquer motivos. A capacidade e coragem de dizer “sim” à vida, mesmo em momentos de tribulação, é intrínseca nos cristãos.
 

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