quarta-feira, 12 de março de 2014

Semana da verdade *** Penitência


Estamos na Paróquia a celebrar a semana da verdade e hoje sugerimos não ver televisão, comprar jornal, evitar o uso dos meios electrónicos quando não sejam necessários, como na vida profissional, etc…

Sobre a VERDADE CRISTO AFIRMOU EU SOU O CAMINHO, VERDADE E VIDA.

S.João-18

1 Tendo Jesus dito isto, saiu com os seus discípulos para além do ribeiro de Cedrom, onde havia um horto, no qual ele entrou e seus discípulos.

2 E Judas, que o traía, também conhecia aquele lugar, porque Jesus muitas vezes se ajuntava ali com os seus discípulos.

3 Tendo, pois, Judas recebido a coorte e oficiais dos principais sacerdotes e fariseus, veio para ali com lanternas, e archotes e armas.

4 Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se, e disse-lhes: A quem buscais?

5 Responderam-lhe: A Jesus Nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, estava com eles.

6 Quando, pois, lhes disse: Sou eu, recuaram, e caíram por terra.

7 Tornou-lhes, pois, a perguntar: A quem buscais? E eles disseram: A Jesus Nazareno.

8 Jesus respondeu: Já vos disse que sou eu; se, pois, me buscais a mim, deixai ir estes;

9 Para que se cumprisse a palavra que tinha dito: Dos que me deste nenhum deles perdi.

10 Então Simão Pedro, que tinha espada, desembainhou-a, e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. E o nome do servo era Malco.

11 Mas Jesus disse a Pedro: Põe a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu?

12 Então a coorte, e o tribuno, e os servos dos judeus prenderam a Jesus e o maniataram.

13 E conduziram-no primeiramente a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano.

14 Ora, Caifás era quem tinha aconselhado aos judeus que convinha que um homem morresse pelo povo.

15 E Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. E este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e entrou com Jesus na sala do sumo sacerdote.

16 E Pedro estava da parte de fora, à porta. Saiu então o outro discípulo que era conhecido do sumo sacerdote, e falou à porteira, levando Pedro para dentro.

17 Então a porteira disse a Pedro: Não és tu também dos discípulos deste homem? Disse ele: Não sou.

18 Ora, estavam ali os servos e os servidores, que tinham feito brasas, e se aquentavam, porque fazia frio; e com eles estava Pedro, aquentando-se também.

19 E o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.

20 Jesus lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde os judeus sempre se ajuntam, e nada disse em oculto.

21 Para que me perguntas a mim? Pergunta aos que ouviram o que é que lhes ensinei; eis que eles sabem o que eu lhes tenho dito.

22 E, tendo dito isto, um dos servidores que ali estavam, deu uma bofetada em Jesus, dizendo: Assim respondes ao sumo sacerdote?

23 Respondeu-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; e, se bem, por que me feres?

24 E Anás mandou-o, maniatado, ao sumo sacerdote Caifás.

25 E Simão Pedro estava ali, e aquentava-se. Disseram-lhe, pois: Não és também tu um dos seus discípulos? Ele negou, e disse: Não sou.

26 E um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, disse: Não te vi eu no horto com ele?

27 E Pedro negou outra vez, e logo o galo cantou.

28 Depois levaram Jesus da casa de Caifás para a audiência. E era pela manhã cedo. E não entraram na audiência, para não se contaminarem, mas poderem comer a páscoa.

29 Então Pilatos saiu fora e disse-lhes: Que acusação trazeis contra este homem?

30 Responderam, e disseram-lhe: Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos.

31 Disse-lhes, pois, Pilatos: Levai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe então os judeus: A nós não nos é lícito matar pessoa alguma.

32 (Para que se cumprisse a palavra que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer).

33 Tornou, pois, a entrar Pilatos na audiência, e chamou a Jesus, e disse-lhe: Tu és o Rei dos Judeus?

34 Respondeu-lhe Jesus: Tu dizes isso de ti mesmo, ou disseram-to outros de mim?

35 Pilatos respondeu: Porventura sou eu judeu? A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?

36 Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.

37 Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.

38 Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade? E, dizendo isto, tornou a ir ter com os judeus, e disse-lhes: Não acho nele crime algum.

39 Mas vós tendes por costume que eu vos solte alguém pela páscoa. Quereis, pois, que vos solte o Rei dos Judeus?

40 Então todos tornaram a clamar, dizendo: Este não, mas Barrabás. E Barrabás era um salteador.

 

A Verdade  Origem:    Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Para outros significados, veja Verdade (desambiguação).



 

A busca pela verdade é um caminho contínuo.

A palavra verdade pode ter vários significados,1 2 desde “ser o caso”, “estar de acordo com os fatos ou a realidade”, ou ainda ser fiel às origens ou a um padrão. Usos mais antigos abarcavam o sentido de fidelidade, constância ou sinceridade em atos, palavras e caráter. Assim, "a verdade" pode significar o que é real ou possivelmente real dentro de um sistema de valores. Esta qualificação implica o imaginário, a realidade e a ficção, questões centrais tanto em antropologia cultural, artes, filosofia e a própria razão. Como não há um consenso entre filósofos e acadêmicos, várias teorias e visões a cerca da verdade existem e continuam sendo debatidas.

Para Nietzsche, por exemplo, a verdade é um ponto de vista. Ele não define nem aceita definição da verdade, porque não se pode alcançar uma certeza sobre a definição do oposto da mentira. Daí seu texto "como filosofar com o martelo".3

Mas para a filosofia de René Descartes a certeza é o critério da verdade.

Quem concorda sinceramente com uma frase está alegando que ela é verdadeira. A filosofia estuda a verdade de diversas maneiras. A metafísica se ocupa da natureza da verdade. A lógica se ocupa da preservação da verdade. A epistemologia se ocupa do conhecimento da verdade.

O primeiro problema para os filósofos é estabelecer que tipo de coisa é verdadeira ou falsa, qual o portador da verdade (em inglês truth-bearer). Depois há o problema de se explicar o que torna verdadeiro ou falso o portador da verdade. Há teorias robustas que tratam a verdade como uma propriedade. E há teorias deflacionárias, para as quais a verdade é apenas uma ferramenta conveniente da nossa linguagem. Desenvolvimentos da lógica formal trazem alguma luz sobre o modo como nos ocupamos da verdade nas linguagens naturais e em linguagens formais.

Há ainda o problema epistemológico do conhecimento da verdade. O modo como sabemos que estamos com dor de dente é diferente do modo como sabemos que o livro está sobre a mesa. A dor de dente é subjetiva, talvez determinada pela introspecção. O fato do livro estar sobre a mesa é objetivo, determinado pela percepção, por observações que podem ser partilhadas com outras pessoas, por raciocínios e cálculos. Há ainda a distinção entre verdades relativas à posição de alguém e verdades absolutas.

Filósofos analíticos apontam que a visão relativista é facilmente refutável.

A refutação do relativismo, segundo Tomás de Aquino, baseia-se no fato de que é difícil para alguém declarar o relativismo sem se colocar fora ou acima da declaração. Isso acontece porque, se uma pessoa declara que "todas as verdades são relativas", aparece a dúvida se essa afirmação é ou não é relativa. Se a declaração não é relativa, então, ela se auto-refuta pois é uma verdade sobre relativismo que não é relativa. Se a declaração não é relativa, conclui-se que a declaração "todas as verdades são relativas" é uma declaração falsa.

Por outro lado, se todas as verdades são relativas, incluindo a afirmação de que "todas as verdades são relativas", então, o interlocutor não é obrigado a crer na afirmação. Ele é livre para acreditar, inclusive, que "todas as verdades são absolutas"

O portador da verdade

Alguns filósofos chamam qualquer entidade, aquilo de que podemos dizer que é verdadeiro ou falso, de portador da verdade. Assim, portadores da verdade podem ser pessoas ou coisas, sentenças assertivas, proposições ou crenças.4

Tipos de verdade

A verdade é uma interpretação mental da realidade transmitida pelos sentidos, confirmada por outros seres humanos com cérebros normais e despidos de preconceitos (desejo de crer que algo seja verdade), e confirmada por equações matemáticas e linguísticas formando um modelo capaz de prever acontecimentos futuros diante das mesmas coordenadas.[carece de fontes?]

  • Verdade material é a adequação entre o que é e o que é dito.
  • Verdade formal é a validade de uma conclusão à qual se chega seguindo as regras de inferência a partir de postulados e axiomas aceitos.
  • É uma verdade analítica a frase na qual o predicado está contido no sujeito. Por exemplo: "Todos os porcos são mamíferos".5
  • É uma verdade sintética a frase na qual o predicado não está contido no sujeito.6
  • Sofisma é todo tipo de discurso que se baseia num antecedente falso tentando chegar a uma conclusão lógica válida.

Teorias metafísicas da verdade

Ver artigo principal: Teorias da verdade

Verdade como correspondência ou adequação

A teoria correspondentista da verdade é encontrada no aristotelismo (incluindo o tomismo). De acordo com essa concepção, a verdade é a adequação entre aquilo que se dá na realidade e aquilo que se dá na mente.

A verdade como correspondência foi definida por Aristóteles no tratado Da Interpretação, no qual ele analisa a formação das frases suscetíveis de serem verdadeiras ou falsas. Uma frase é verdadeira quando diz que o que é é, ou que o que não é não é. Uma frase é falsa quando diz que o que é não é, ou que o que não é é.

O problema dessa concepção é entender o que significa correspondência. É um tipo de semelhança entre o que é e o que é dito? Mas, que tipo de semelhança pode haver entre as palavras e as coisas?

O método científico, por exemplo, estabelece procedimentos para se realizar essa correspondência. Nesse caso um juízo de verdade V é então legitimado, de forma tal que a comunidade de cientisitas (que partilham entre si conhecimento e experiências) aceita/certifica como verdadeira a proposição P, oriunda da correspondência realizada entre P(V) e a "realidade empírica", via método científico.

Verdade por correspondência

O conceito de verdade como correspondência é o mais antigo e divulgado. Pressuposto por muitas das escolas pré-socráticas, foi pela primeira vez, explicitamente formulado por Platão com a definição do discurso verdadeiro, no diálogo Crátilo: "Verdadeiro é o discurso que diz as coisas como são; falso é aquele que as diz como não são." (Crtas.,385b;v.Sof.,262 e; Fil.,37c). Por sua vez Aristóteles dizia: "Negar aquilo que é, e afirmar aquilo que não é, é falso, enquanto afirmar o que é e negar o que não é, é a verdade." (Met.,IV,7,1011b 26 e segs.;v.V,29.1024b 25).

Aristóteles enunciava também os dois teoremas fundamentais deste conceito da verdade. O primeiro é que a verdade está no pensamento ou na linguagem, não no ser ou na coisa (Met.,VI,4,1027 b 25). O segundo é que a medida da verdade é o ser ou a coisa, não o pensamento ou o discurso: de modo que uma coisa não é branca porque se afirma com verdade que é assim; mas se afirma com verdade que é assim, porque ela é branca. (Met., IX, 10,1051 b 5).

Desmenção

De acordo com a teoria desmencionista da verdade, para chegarmos à verdade de uma proposição basta tirarmos as aspas da mesma. Por exemplo, a proposição "A neve é branca" é verdadeira se, e somente se, a neve é branca.

Deflacionismo

De acordo com o deflacionismo, o predicado de segunda ordem "É verdade que …" não acrescenta nada à frase de primeira ordem à qual ele é aplicado. Por exemplo, não há nenhuma diferença lógica entre a frase "É verdade que a água é molhada" e a frase "A água é molhada".7

Desvelamento

Segundo esta concepção, verdade é desvelamento. Conhecer a verdade é deixar o ser se manifestar. É estar aberto para o ser. Nas versões modernas do desvelamento, mais pragmáticas, a verdade é algo "sempre em construção", e que portanto sempre vai possuir "valor verdade" inferior a 100%.

Posição típica de Martin Heidegger (em Ser e tempo, parágrafo 44, e na conferência "A essência da verdade").

Pragmatismo

Para o pragmatismo a verdade é o valor de uma coisa.8 Em Habermas a verdade se confunde com a validade intersubjetiva, ou consenso. Se uma proposição não é submetida ao crivo da comunidade, nada se pode dizer sobre sua falsidade.

No Empirismo o pragmatismo não se opõe à correspondência, mas se funde a ela: a "verdade empírica" como correspondência obtida por consenso na comunidade científica.

A busca pela verdade é um caminho contínuo.

A palavra verdade pode ter vários significados,1 2 desde “ser o caso”, “estar de acordo com os fatos ou a realidade”, ou ainda ser fiel às origens ou a um padrão. Usos mais antigos abarcavam o sentido de fidelidade, constância ou sinceridade em atos, palavras e caráter. Assim, "a verdade" pode significar o que é real ou possivelmente real dentro de um sistema de valores. Esta qualificação implica o imaginário, a realidade e a ficção, questões centrais tanto em antropologia cultural, artes, filosofia e a própria razão. Como não há um consenso entre filósofos e acadêmicos, várias teorias e visões a cerca da verdade existem e continuam sendo debatidas.

Para Nietzsche, por exemplo, a verdade é um ponto de vista. Ele não define nem aceita definição da verdade, porque não se pode alcançar uma certeza sobre a definição do oposto da mentira. Daí seu texto "como filosofar com o martelo".3

Mas para a filosofia de René Descartes a certeza é o critério da verdade.

Quem concorda sinceramente com uma frase está alegando que ela é verdadeira. A filosofia estuda a verdade de diversas maneiras. A metafísica se ocupa da natureza da verdade. A lógica se ocupa da preservação da verdade. A epistemologia se ocupa do conhecimento da verdade.

O primeiro problema para os filósofos é estabelecer que tipo de coisa é verdadeira ou falsa, qual o portador da verdade (em inglês truth-bearer). Depois há o problema de se explicar o que torna verdadeiro ou falso o portador da verdade. Há teorias robustas que tratam a verdade como uma propriedade. E há teorias deflacionárias, para as quais a verdade é apenas uma ferramenta conveniente da nossa linguagem. Desenvolvimentos da lógica formal trazem alguma luz sobre o modo como nos ocupamos da verdade nas linguagens naturais e em linguagens formais.

Há ainda o problema epistemológico do conhecimento da verdade. O modo como sabemos que estamos com dor de dente é diferente do modo como sabemos que o livro está sobre a mesa. A dor de dente é subjetiva, talvez determinada pela introspecção. O fato do livro estar sobre a mesa é objetivo, determinado pela percepção, por observações que podem ser partilhadas com outras pessoas, por raciocínios e cálculos. Há ainda a distinção entre verdades relativas à posição de alguém e verdades absolutas.

Filósofos analíticos apontam que a visão relativista é facilmente refutável.

A refutação do relativismo, segundo Tomás de Aquino, baseia-se no fato de que é difícil para alguém declarar o relativismo sem se colocar fora ou acima da declaração. Isso acontece porque, se uma pessoa declara que "todas as verdades são relativas", aparece a dúvida se essa afirmação é ou não é relativa. Se a declaração não é relativa, então, ela se auto-refuta pois é uma verdade sobre relativismo que não é relativa. Se a declaração não é relativa, conclui-se que a declaração "todas as verdades são relativas" é uma declaração falsa.

Por outro lado, se todas as verdades são relativas, incluindo a afirmação de que "todas as verdades são relativas", então, o interlocutor não é obrigado a crer na afirmação. Ele é livre para acreditar, inclusive, que "todas as verdades são absolutas"

O portador da verdade

Alguns filósofos chamam qualquer entidade, aquilo de que podemos dizer que é verdadeiro ou falso, de portador da verdade. Assim, portadores da verdade podem ser pessoas ou coisas, sentenças assertivas, proposições ou crenças.4

Tipos de verdade

A verdade é uma interpretação mental da realidade transmitida pelos sentidos, confirmada por outros seres humanos com cérebros normais e despidos de preconceitos (desejo de crer que algo seja verdade), e confirmada por equações matemáticas e linguísticas formando um modelo capaz de prever acontecimentos futuros diante das mesmas coordenadas.[carece de fontes?]

  • Verdade material é a adequação entre o que é e o que é dito.
  • Verdade formal é a validade de uma conclusão à qual se chega seguindo as regras de inferência a partir de postulados e axiomas aceitos.
  • É uma verdade analítica a frase na qual o predicado está contido no sujeito. Por exemplo: "Todos os porcos são mamíferos".5
  • É uma verdade sintética a frase na qual o predicado não está contido no sujeito.6
  • Sofisma é todo tipo de discurso que se baseia num antecedente falso tentando chegar a uma conclusão lógica válida.

Teorias metafísicas da verdade

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/26px-Magnifying_glass_01.svg.pngVer artigo principal: Teorias da verdade

Verdade como correspondência ou adequação

A teoria correspondentista da verdade é encontrada no aristotelismo (incluindo o tomismo). De acordo com essa concepção, a verdade é a adequação entre aquilo que se dá na realidade e aquilo que se dá na mente.

A verdade como correspondência foi definida por Aristóteles no tratado Da Interpretação, no qual ele analisa a formação das frases suscetíveis de serem verdadeiras ou falsas. Uma frase é verdadeira quando diz que o que é é, ou que o que não é não é. Uma frase é falsa quando diz que o que é não é, ou que o que não é é.

O problema dessa concepção é entender o que significa correspondência. É um tipo de semelhança entre o que é e o que é dito? Mas, que tipo de semelhança pode haver entre as palavras e as coisas?

O método científico, por exemplo, estabelece procedimentos para se realizar essa correspondência. Nesse caso um juízo de verdade V é então legitimado, de forma tal que a comunidade de cientisitas (que partilham entre si conhecimento e experiências) aceita/certifica como verdadeira a proposição P, oriunda da correspondência realizada entre P(V) e a "realidade empírica", via método científico.

Verdade por correspondência

O conceito de verdade como correspondência é o mais antigo e divulgado. Pressuposto por muitas das escolas pré-socráticas, foi pela primeira vez, explicitamente formulado por Platão com a definição do discurso verdadeiro, no diálogo Crátilo: "Verdadeiro é o discurso que diz as coisas como são; falso é aquele que as diz como não são." (Crtas.,385b;v.Sof.,262 e; Fil.,37c). Por sua vez Aristóteles dizia: "Negar aquilo que é, e afirmar aquilo que não é, é falso, enquanto afirmar o que é e negar o que não é, é a verdade." (Met.,IV,7,1011b 26 e segs.;v.V,29.1024b 25).

Aristóteles enunciava também os dois teoremas fundamentais deste conceito da verdade. O primeiro é que a verdade está no pensamento ou na linguagem, não no ser ou na coisa (Met.,VI,4,1027 b 25). O segundo é que a medida da verdade é o ser ou a coisa, não o pensamento ou o discurso: de modo que uma coisa não é branca porque se afirma com verdade que é assim; mas se afirma com verdade que é assim, porque ela é branca. (Met., IX, 10,1051 b 5).

Desmenção

De acordo com a teoria desmencionista da verdade, para chegarmos à verdade de uma proposição basta tirarmos as aspas da mesma. Por exemplo, a proposição "A neve é branca" é verdadeira se, e somente se, a neve é branca.

Deflacionismo

De acordo com o deflacionismo, o predicado de segunda ordem "É verdade que …" não acrescenta nada à frase de primeira ordem à qual ele é aplicado. Por exemplo, não há nenhuma diferença lógica entre a frase "É verdade que a água é molhada" e a frase "A água é molhada".7

Desvelamento

Segundo esta concepção, verdade é desvelamento. Conhecer a verdade é deixar o ser se manifestar. É estar aberto para o ser. Nas versões modernas do desvelamento, mais pragmáticas, a verdade é algo "sempre em construção", e que portanto sempre vai possuir "valor verdade" inferior a 100%.

Posição típica de Martin Heidegger (em Ser e tempo, parágrafo 44, e na conferência "A essência da verdade").


http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1c/Caminho_da_luz_%28900688116%29.jpg/300px-Caminho_da_luz_%28900688116%29.jpg
Pragmatismo



Para o pragmatismo a verdade é o valor de uma coisa.8 Em Habermas a verdade se confunde com a validade intersubjetiva, ou consenso. Se uma proposição não é submetida ao crivo da comunidade, nada se pode dizer sobre sua falsidade.

No Empirismo o pragmatismo não se opõe à correspondência, mas se funde a ela: a "verdade empírica" como correspondência obtida por consenso na comunidade científica.




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