segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Dar Alma à Vida XVIII


Dar Alma à Vida XVIII

 


O grande pecado do Homem é querer viver sem Alma. Esta atitude perante a Vida leva-o à falta de respeito por si mesmo e pelo outro. Perde o sentido da Vida. A Vida não é matéria de cobaia, nem matéria de canhão para fazer experiências e guerras.

A Vida é um Dom do Alto, se lhe faltarmos com esta Alma e não tivermos esta convicção, como oblação, disparamos para todos os lado, perdemos a nossa cabeça, não só em relação ao outro, como também à nossa própria vida.

Dar Alma à Vida é fazer dela fermento, isto é, um apelo a uma vida que não morre e nela sempre há-de correr nas nossas veias o sangue que acalenta e faz urgir mudança e não lamento.É fazer dela semente que morrendo dá fruto e fruto em abundância

Dar Alma à Vida é dar-lhe alegria, é transmitir vida alegre saída de um coração esponjoso do Amor de Deus. Quem assim a constrói, faz uma vida interior cheia de espaços abertos ao Amor de Deus para espelhar esse Amor no serviço aos Outros, a começar pelos pobres.

Se faltar esta Alma à Vida não se vive com eficácia e entusiasmo, mas de cabeça baixa a olhar para o chão à procura duma pérola, de um tesouro, de uma rede cheia de peixes, isto é, à procura da riqueza material, esquecendo a sabedoria humilde concedida ao Rei Salomão por não ter pedido a morte dos amigos; nem muitos anos de vida, nem riqueza, mas apenas a sabedoria para praticar justiçam.

Dar Alma à Vida é viver sem ressentimentos, lamúrias, queixumes como aconselha o Beato Frei Bartolomeu dos Mártires. O Papa Francisco afirma que uma vida cristã tem de ser consequência de um coração, aberto ao Amor de Deus, isto é, de uma Alma grande, tão grande como Deus a deseja. Caso contrário não há Alma, nem a vida vingará, nada passa, mas mata porque conduz ao esquecimento de Deus de quem depende a Vida.

Dar Alma à Vida, amigo, é “orar e trabalhar” como S. Bento e como Beato Frei Bartolomeu dos Mártires “ardere et lucere” sem nos conformarmos com as coisas mundanas, isto é, coisas da matéria ou do “diabo”, das forças do mal, mas do bem que é fazer a vontade de Deus.

 

Padre Artur Coutinho

Sem comentários:

Enviar um comentário