terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Demasiadas inquirições a crianças vítimas de abuso VIOLÊNCIA
AS CRIANÇAS vítimas de abusos físicos ou sexuais são inquiridas, em média, oito vezes. “Isto é assustador. Em Portugal uma criança conta à professora, depois à psicóloga, à Polícia, ao médico, etc. Estamos a vitimizar e a provocar danos acrescidos às nossas crianças. Além de que há risco de contaminação das provas”, afirmou, ontem, Teresa Magalhães, diretora da delegação Norte do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML). Falando num congresso sobre “Abuso e negligência de crianças”, que decorre, até hoje, no Centro de Investigação Médica do Porto, aquela responsável defendeu que “o primeiro relato da criança seja o mais válido”. Segundo Teresa Magalhães, os resultados dos exames médico-legais são, muitas s vezes, inconclusivos. “No e caso dos abusos físicos cerca a de 35% dos exames produzi zem resultados inespecífí- s cos. No que diz respeito aos abusos sexuais, mais de 60% e dos resultados são inespecí- e ficos”, referiu. Para a diretora do i INML/Norte, “é necessário valorizar o testemunho da criança, que pode ser o único meio de prova”. Teresa Magalhães defendeu, ainda, alterações legislativas para que as entrevistas forenses tenham valor probatório. r.p.
J_DMinho
NÚMEROS 8 Inquirições em média
 ‘ Uma criança abusada (física ou sexualmente) tem de repetir a sua história a diversos intervenientes na investigação. -

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