terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O Papa quer que todos os cristãos unificados contra a indiferença


O Papa quer que todos os cristãos unificados contra a indiferença

Bento XVI assinalou o fim da semana de Oração pela Unidade dos Cristãos com uma oração ecumênica na Basílica de São Paulo, em Roma, apelando à «co­laboração concreta» para transmitir «a fé ao mundo contemporâneo».

«Na sociedade atual, parece que a mensagem cristã incide cada vez menos na vida pessoal e comunitária: isso representa um desafio para todas as Igrejas e comunidades eclesiais», disse, durante a homilia que proferiu nesta celebração, com a presença de convida­dos representantes das comunidades cristãs da capital italiana.

O Papa alertou ainda para a necessidade de ultrapassar barreiras como «o ódio, o racismo e a discriminação religiosa» que estão a prejudicar e dividir «toda a sociedade».

«Hoje há grande necessidade de reconciliação, de diálogo e de compreensão recíproca, numa perspetiva não moralista, mas em nome de autenticidade cristã para uma presença mais incisiva na realidade do nosso tempo», sustentou.

Bento XVI defendeu que as questões doutrinais que dividem os cristãos devem ser enfrentadas com «coragem, num espírito de fraternidade e de respeito recíproco».

«A comunhão na mesma fé é a base para o ecumenis­mo», sublinhou, acrescentando que, sem essa união, «todo o movimento ecumênico se reduziria a uma forma de “contrato”, a que se adere por um interesse comum».

A intervenção papal lembrou que o início do movimento ecumênico teve como impulso «o escândalo da divisão» que prejudicava a ação dos missionários e declarou que a comunhão entre cristãos tem de ser entendida como «caraterística fundamental para um testemunho ainda mais claro».

O “oitavário pela unidade da Igreja” começou a ser celebrado em 1908, por iniciativa do norte-americano Paul Wattson, presbítero anglicano que mais tarde se converteu ao catolicismo.

As principais divisões entre comunidades cristãs ocorreram no século V, depois dos Concílios de Éfeso e de Calcedónia (Igreja copta, do Egito, entre outras); no século XI com a cisão entre o Ocidente e o Oriente (Igrejas ortodoxas); no século XVI, com a Reforma Protestante e, posteriormente, a separação da Igreja de Inglaterra.

Redação/Ecclesia

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