sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A fé que remove montanhas *** Assim poderemos viver felizes nesta vida, e tranquilos, como aquele menino que seguia no trem cujo maquinista era seu pai


A fé que remove montanhas

Assim poderemos viver felizes nesta vida, e tranquilos, como aquele menino que seguia no trem cujo maquinista era seu pai

07.10.2013


Prof. Felipe Aquino

 

Um menino viajava sozinho em um trem de carga. Quando o trem chegou a uma estação, o chefe desta perguntou-lhe intrigado:

- Menino, o que você faz neste trem? Você sabe para onde este trem vai?

O garoto, muito tranqüilo, lhe respondeu:

- Não se preocupe, senhor, estou apenas andando de trem. Gosto muito de andar de trem.

O chefe da estação, mais intrigado ainda, ordenou-lhe que saísse do trem e disse que providenciaria para que ele voltasse para casa. Nisso o garoto lhe respondeu, sorrindo:

- Não se preocupe, senhor, meu pai é o maquinista deste trem… Para onde o trem for, ele vai junto comigo…

Essa história pode ser aplicada à nossa vida religiosa e à nossa fé em Deus. Vivemos dizendo ao Senhor, em nossas orações, que nós confiamos n’Ele, mas tantas vezes não agimos assim nas horas mais difíceis. Não aprendemos ainda a abandonar nossa vida nas mãos de Deus e a deixar que Ele a conduza conforme Sua vontade. Creio ser essa uma das mais profundas experiências religiosas que devemos viver. Como aquele garoto do trem precisamos viajar tranqüilos no trem desta vida, certos de que o “maquinista” dela é o nosso Pai. Ele nos criou por amor e nos guia no Seu amor. Precisamos confiar nisso para ver a mão de Deus na nossa vida e sentir que a Sua face nos acompanha.

Há três versículos na Bíblia que repetem a mesma palavra de Deus: “O justo viverá pela fé” (Hb 2,4; Gl 3,11; Hb 10,38). E há um outro onde São Paulo nos ensinou que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11,6a). De fato, sem uma confiança profunda em Deus pela fé, é impossível fazermos a Sua vontade, pois essa se realiza em nossa vida na medida em que, pela fé, aceitamos os acontecimentos cotidianos.

Toda a Bíblia é um livro de fé que narra a aventura de muitos homens e mulheres que, agindo na fé, fizeram a vontade de Deus, vencendo obstáculos intransponíveis. Quando agimos na fé sentimos com clareza o que o anjo disse a Maria: “A Deus nenhuma coisa é impossível” (Lc 1,37).

Jesus repreendia severamente os Seus discípulos quando eles fraquejavam na , e chamava-os de “homens fracos na fé”. Depois da tempestade acalmada, disse-lhes: “Por que este medo gente de pouca fé?” (Mt 8,26a). A Pedro, que afundara nas águas do mar de Tiberíades, Ele disse “Homem de pouca fé, por que duvidaste?” (Mt 14,31b).

Deus não pode agir em nossa vida quando não demonstramos confiança Nele e no Seu amor. O poder de Deus é liberado quando nos lançamos em Seus braços com toda a fé. O livro dos Salmos está repleto dessa profunda manifestação de fé em Deus. O rei Davi, que vivia pela fé, cantava:

“O Senhor é meu pastor, nada me faltará

Ainda que eu atravesse o vale escuro,

Nada temerei, pois estais comigo” (Sl 22,1.4a).

“O Senhor é minha luz e minha salvação, a quem temerei?

O Senhor é o protetor de minha vida, de quem terei Medo?” (Sl 26,1)

Essa jubilosa esperança em Deus, que faz brotar dos lábios do homem de fé palavras de confiança no Criador, é a sua força e alegria, mesmo nos momentos mais difíceis da vida. Nós também precisamos fazer crescer nossa fé, repetindo e vivendo essa esperança em Deus todos os dias, até que nossa vida e nosso futuro estejam completamente em Suas mãos. Essa fé é o único remédio disponível para o homem cansado e estressado de nossos dias. Enquanto as âncoras não estiverem presas no absoluto de Deus, não estaremos firmes. Só Deus, no Seu poder, é capaz de nos dar a segurança que está além de tudo  e de todos. Então poderemos cantar como o salmista:

“Só em Deus repousa minha alma,

Só dele me vem a salvação.

Só ele é meu rochedo e minha salvação;

Minha fortaleza: jamais vacilarei.

Ó povo, confia nele uma vez por todas” (Sl 61,2-3.9).

Assim poderemos viver felizes nesta vida, e tranquilos, como aquele menino que seguia no trem cujo maquinista era seu pai.

Prof. Felipe Aquino

(Retirado do livro: “Em Busca da Perfeição”)


(Publicado em
Cléofas, no dia 4 de outubro de 2013)

 

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