domingo, 14 de fevereiro de 2016

Estudo em 1997 sobre a catequese

Estudo em 1997 sobre a catequese

   ESTUDO RELATIVO À CATEQUESE PAROQUIAL

 

            A Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima resolveu levar a cabo um estudo relativo à assiduidade das crianças da catequese paroquial. Para tal procedeu-se a um inquérito, cujos resultados publicamos para melhor acompanhamento da situação da catequese paroquial por parte dos pais, dos catequistas e da comunidade em geral. Do sucesso da catequese depende todo o futuro da nossa jovem paróquia: só uma catequese dinâmica pode gerar, no futuro, uma comunidade activa e cativante... É que não podemos esquecer que as crianças que hoje frequentam a catequese serão um dia adultos, que, na sua maioria, só contribuirão para este dinamismo comunitário se lhes forem incutidos, desde tenra idade, os valores cristãos. Como este processo de socialização é levado a cabo, em grande parte, pela catequese, a eficácia pastoral desta é de primordial importância.

            É conhecida a expressão "aprende-se até morrer"; podemos dizer o mesmo da nossa paróquia: estamos em permanente evolução, e quem se fecha sobre o passado corre o risco de "perder o Norte" perante o Mundo novo que surge. Deste modo, a catequese deve ser vista como um processo de aprendizagem e descoberta mútuas, em que ao mesmo tempo que queremos transmitir o evangelho aos mais pequenos, também procuramos novas e melhores maneiras de o fazer, cada vez mais a caminho da plena realização da Palavra de Jesus.

            Passamos então aos resultados do referido inquérito, realizado junto dos catequistas:

 

 

• Estrutura demográfica da população em estudo:

 

             Num universo de 873 indivíduos matriculados na catequese paroquial, 421 são do sexo masculino (48.3% do total) e 452 do sexo feminino ( 51.7 % do total). No entanto, podemos ainda dividir a catequese em duas categorias, nas quais se distribuem os nela matriculados:

 

            - a catequese infantil (da Pré-Catequese ao 6º ano): estão matriculados nesta categoria 663 crianças sendo  331 deles meninos e 332 meninas;

            - a catequese da adolescência ( do 7º ao 11º ano): estão matriculados nesta categoria 210 adolescentes sendo 90 deles rapazes e 120 raparigas;

 

            Conclusões: existem mais meninas do que meninos matriculadas na catequese. Embora na catequese infantil a margem que as separa dos meninos seja insignificante (uma menina a mais), revela já a tendência verificada na adolescência, em que a diferença que separa os dois sexos é de 20 raparigas a mais. Do mesmo modo, existem mais crianças do que adolescentes a frequentar a catequese.

 

• Assiduidade e aproveitamento:

 

            Para avaliar o aproveitamento dos matriculados na catequese baseamo-nos, em cada uma das categorias acima descritas, no critério da frequência à catequese demonstrada no início do ano pastoral de 97/98. Assim, procedemos a uma nova "divisão" dos indivíduos em estudo:

 

            -  Frequência assídua: podemos ver que cerca de 70% das crianças revelam assiduidade à catequese. No entanto, as meninas são mais assíduas, com 76.2% de presenças frequentes, ficando os rapazes pelos 64.7%. Na catequese da adolescência, estas percentagens são menores, tendo mostrado assiduidade 54.4% dos matriculados. A diferença registada entre rapazes e raparigas é também menor, tendo  55.8% delas sido assíduas contra 52.3% deles.

            - Frequência ocasional da catequese: aqueles que frequentam a catequese ocasionalmente constituem  12% dos infantis (14.2% dos meninos e 9.9% das meninas), e 22.8% dos adolescentes (17.8% dos rapazes e 26.7% das raparigas).

            - Nunca compareceram: aqueles que, apesar de matriculados, nunca compareceram na catequese (no ano de 97/98), constituem 17% dos infantis (21.1% dos meninos e 13.9% das meninas), e 22.8% dos adolescentes (30% dos rapazes e 17.5% das raparigas).

 

           

Conclusões: Existe uma diferença de 15.6 pontos percentuais entre as taxas de frequência assídua da catequese infantil e da catequese da adolescência (70% na Infância para 54.6% na Adolescência), justificada pelo aumento, na catequese da adolescência, das percentagens de adolescentes que não comparecem assiduamente e daqueles que simplesmente não comparecem nunca (aumento de 10.8% dos pouco assíduos e de 5.8% dos que nunca compareceram), de modo que a percentagem de pouco assíduos é igual, na adolescência, à dos que não têm assiduidade nenhuma (28%) . Vemos também que as meninas são mais assíduas em ambas as categorias.

 

• Estudo comparativo em relação ao ano de 1987:

 

             Realizou-se em 1987 um estudo semelhante, cujos resultados se podem ver nos quadros anexos. Da análise destes podemos concluir:

 

            - Em 1987, 80.4% (45.3% dos meninos e 54.6% das meninas) dos matriculados na catequese infantil compareceram pelo menos uma vez na catequese. Em 1997, essa percentagem é de 82.5% (78.9% dos meninos e 86.1% das meninas). Na catequese da adolescência também se verificou um aumento de assiduidade. De facto, em 1987 a percentagem dos que frequentavam minimamente a catequese era de 67.4% (46.7% dos rapazes e 53.2% das raparigas), enquanto em 1997 é já de 77.1% (70% dos rapazes e 82.5% das raparigas).  

            -em 1987, a percentagem de crianças que nunca compareciam era de 19.6%. Em 1997 essa percentagem é já de 17.5%. Quanto aos adolescentes, essa diferença é ainda maior, já que enquanto em 1987 29.59% deles nunca compareceram, essa percentagem é agora de 22.86%.

           

             Balanço final: da análise do 3º quadro vemos que no período considerado houve:

 

      - um aumento da assiduidade das crianças de 2% e de 14% nos adolescentes;

      - uma diminuição dos abandonos da catequese por parte das crianças (-2.1%) e dos adolescentes(-13%)

 

            NOTA: a Paróquia possui um registo de 1200 crianças matriculadas na catequese. No entanto, 327 destas abandonaram a catequese há mais de uma ano, daí que o nosso trabalho incida sobre  873 crianças, e todos as estatísticas apresentadas tenham sido elaboradas com base neste número.

 

 

                                                                                  Estudo realizado por Filipe Alves

           

 

               

 

 

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