CÓNEGO DOUTOR CAETANO CORREIA SEIXAS
Nasceu na Baía, Brasil, onde viveu algum tempo na companhia de seus pais e irmão. Mas cedo vieram para Portugal, alicerçados com uma vastíssima fortuna.
Caetano Correia Seixas, ainda menino, mostrou-se vocacionado para ser padre e ingressou nos estudos adequados, enquanto suas irmãs optaram também por se integrar no Convento Carmelita de Coimbra.
Correia Seixas, ordenado sacerdote, foi levado mais tarde à dignidade de Cônego na Diocese de Coimbra e, pela sua vasta cultura e sabedoria, chegou a Lente, alta posição acadêmica.
Um dia, quando lia as «Crônicas da Ordem» ou o Livro intitulado «Cinco Palavras de S. Paulo»
(segundo nos descreve o «Livro da Fundação», deste Convento), sentiu algo dentro de si.
Essas páginas despretenciosas e edificantes tiveram maior influência na sua vida que os sábios livros que até então manuseara. *
Emocionado pelo exemplo de tantos «heróis da perfeição», tentou
alistar-se nas falanges dos «Filhos da Virgem do Carmo», o que não conseguiu e decidiu, então, usar os bens que ainda possuía e que eram avultados, na construção de um convento.
Comunicou, de imediato, a sua intenção aos religiosos carmelitas de Coimbra que, gostosamente, a acolheram, mas, na época governava o Marquês de Pombal, que não era apologista de construções de caris religioso.
Foi no ano de 1778 que D. Maria I o autorizou a construir o convento na então «Vila de Viana do Lima», pois em Coimbra já existia um.
Em 1785, com grande regozijo, o piedoso Cônego Doutor Correia Seixas inaugura, com solene cerimônia, a sua obra então chamada «Convento do Desterro de Jesus Maria José».
Um ano depois, em 1786, mais precisamente no dia 14 de Novembro, Deus deu-lhe a última recompensa, retirando-o deste mundo terreno.
Um quadro a óleo, com cerca de 2X1,8 m, em tela, da autoria de Eduardo Pascoal (em 1787), está exposto numa das paredes da antiga sacristia da igreja das carmelitas que, com a ajuda de amigos do Brasil, de Viana e de muitos lados, construiu a par com o referido convento.
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