Padre
João Cardoso Oliveira
No passado dia
dois Maio, o meu telemóvel tocou particularmente cedo. Do 01 lado, uma voz
trêmula dizia-me «Faleceu o Senhor Padre João».
Apesar de ter plena consciência de que
as s forças se iam tornando cada vez mais débeis, confesso que senti um grande
abalo. Ai que, desde tenra idade, tinha sido o meu pastor acabara de partir
para a casa do F
Efectivamente, senti, de forma permanente, a sua presença na minha vida,
desde o baptismo até à hora da sua morte. A minha caminhada de fé não se
percebe sem o Senhor Padre João. Das suas mãos, recebi o baptismo e, mais
tarde, Jesus Cristo, presente na Eucaristia. Da sua boca, Deus mostrou-me que
poderia dar- me a uma vida totalmente consagrada ao Seu Reino. De facto, foi o
Senhor Padre João quem mais vezes me desafiou a
não ter medo de entrar para o Seminário, tendo-me acompanhado, pela prim vez,
ao Seminário Diocesano de Viana e, depois, ao Semin Conciliar de Braga.
Particularmente nos últimos meses da sua vida, disse-me diversas
vezes: «Peço ao Senhor que me deixe chegar à tua missa nova!».
Se alguma vez eu for presbítero - como acredito – está certamente
presente, desde junto de Deus.
Seriam precisas muitas páginas
para escrever tudo aquilo recordo da sua vida!
Por isso, neste momento, limito-me a destacar aquela considero ser
uma das suas principais marcas: a alegria contagiosa; com que vivia!
Como nos recordou o Sr. D. Anacleto na missa exequial, o Sr. Padre
João dizia frequentemente: «A vida é bela!». Certamente, todos ouvimos, em
algum momento, esta expressão na sua boca.
Creio, contudo, que, ainda que não o dissesse, nós conseguiríamos
perceber que, como verdadeiro cristão, se sentia feliz com a vida e, sobretudo,
disposto a transmitir esta felicidade aos outros.
Agora, goza da felicidade do banquete celeste. Todavia, c
deve continuar a inspirar-nos para que sejamos capazes de apreciar a
naquilo que ela tem de melhor, reconhecendo-a como dom de Deus.
Dêmos graças a Deus por nos
ter concedido um pastor simples,| alegre, e de uma fé extraordinária. Que o seu
testemunho nos a sermos cada vez mais verdadeiros discípulos de Cristo!
Renato Oliveira,
Seminarista
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