ANTÓNIO ALVES
Nasceu a 25/9/1916 em Santa Maria Maior e viveu toda a vida na Rua da
Bandeira até fechar os olhos às realidades terrenas, em 26/3/1984.
Era um homem bom, simples, comunicativo, conversador, brincalhão e, ao
mesmo tempo, muito respeitador. Foi como o conheci.
Tal homem, tal pintor. Imprimia às suas obras “ naturalismo “ e
descobria beleza onde outros ainda não a tinham descoberto, percorrendo
montanhas e vales, com lápis e papel, aí, se detinha a tomar apontamentos, a
transmitir a sua fina sensibilidade de artista para a posteridade.
Realizou obras a carvão, quase sempre levemente coloridas, serviu-se das
coisas mais simples como as pedras, os caminhos, os espigueiros, as cozinhas
típicas, as ruas e ruelas, as fontes, as fachadas, a velhice e a juventude, a
paisagem, os monumentos, etc.
Antônio Alves foi discípulo do mestre Joaquim Lopes e frequentou a
Escola das Belas Artes do Porto.
Participou em inúmeras exposições no Porto, Viana, Aveiro, Ponte da
Barca, Arcos de Valdevez, Caldelas, Guimarães, etc. Os seus voos de artista
chegaram ao estrangeiro e expôs em Bruxelas (Bélgica) com excepcional êxito, em
Riom (França), etc...
Viana perdeu um grande artista. Viana deve-lhe muito...
E, como filho
de peixe sabe nadar, aí está o Augusto Alves a continuar a obra do pai em
pintura regional e cerâmica, assim como o Álvaro, que também pega no pincel e
faz trabalhos muito expressivos nas horas vagas.
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