PORTAS ABERTAS

Portas Abertas

Só se cria proximidade com os outros se lhes abrirmos as portas, mas o que acontece, normalmente é que as fechamos. Fechar as portas vai mais longe do que etimologicamente pode significar porta que é feita para abrir e fechar. É preciso saber quando se deve abrir e quando se deve fechar. Mas quando se abrem normalmente, significa acolhimento, aproximação, diálogo, fraternidade…

 

 

Isto como que falando das portas das nossas casas, mas ainda o mais importante são as portas do nosso coração. É que nem sempre a porta de uma casa aberta significa coração, isto é, amor, aquele amor de que Jesus Cristo nos falou. A nossa mente pode estar lá e a nossa boca também, mas o nosso coração estar longínquo.

Seja como for, esta história das portas abertas foi-me inspirada na abertura que há muitos anos vimos fazendo ao termos a porta da Igreja aberta. Também as responsabilidades que distribuimos entre os leigos da participação e organização das devoções do terço diário e devoções do mês de Maio e há dois anos no mês do Sagrado Coração de Jesus em celebração do terço todos os dias do Mês de Maria orientada por leigos e em Junho as horas canónicas: Laudes, vésperas e completas na Igreja e nas diversas Capelas da paróquia com horários diferentes também orientadas por leigos e com sucesso razoável pelo menos dando oportunidades de oração colectiva e de compromissos laicais que sempre fazem falta à Igreja à qual todos pertencemos. Também se tem realizado sob a presidência de leigos a celebração da Palavra. O Papa Francisco I diz ninguém ser inútil na Igreja de Cristo.

Já há muitos anos a porta da Igreja da Paróquia se abre nas horas de expediente e o mesmo está a acontecer na Igreja da Sagrada Família para o que têm valido as equipas de voluntários ostiários a quem muito a Comunidade se sente agradecida.

Estes espaços sagrados, destinados ao culto como as Capelas, fazem falta, e se isso não fosse verdade, então, era de transformá-las em abrigo para os pobres.

O espaço sagrado e fechado para abrir quando o "rei" vem… é pouco, a não ser que seja um documento histórico que faz parte do património cultural que não deve ser alienável ou degradado.

De resto, todos os espaços sagrados devem estar abertos ao público porque, desde crentes a não crentes, podem desejar encontrar-se consigo mesmo ao pé duma porta aop seu lado se abriu.

 

Conheço muitas aflições que são aliviadas nesses espaços, sobretudo junto ao Santíssimo Sacramento. Às vezes falam alto, choram com lágrimas de esperança que o Senhor os ouve e vai cumprir a promenssa: Vinde a mim e eu vos aliviarei e sou manso e huilde de coração, o meu jugo é suave e a minha carga é leve.

É um exagero termos por exemplo igrejas fechadas. Cada comunidade se tem uma Igreja ou capelas devia zelar pelo asseio, pela porta aberta para que qualquer passante ou transeunte pudesse entrar e recolher-se.

A pessoa é obra de Deus. Como tal, tem uma religião e pode querer encontrar-se a seu modo com o Deus que acredita e descobrir o remédio para os seus males.

É por isso que as portas abertas fazem falta em todo o lado.

Para portas fechadas ou corações impedernidos, tenhamos presente as palavras da Sagrada Escritura:a importunação fará com que as portas se abram…abri-vos ó portas com os vossos umbrais, "levantar-se-á, todavia, por causa da sua importunação, e lhe dará tudo o que houver mister". Lucas 11:8

A porta é lugar de passagem para entrar e para sair!... Sempre devem servir para entrar com alguma dificuldade, mas com esperança de que ao sair se traz mais iluminação interior, mais força, coragem e ver melhor o caminho que está a fazer…