O catequista, enquanto educador da fé, não
guarda a fé para si mesmo; pelo contrário, ele é alguém chamado por Deus a
anunciar, a transmitir e a dar testemunho dessa mesma fé, nas mais diversas circunstâncias
da sua vida.
Chamado a ser um educador da fé, o
catequista deve ser, antes de mais, uma pessoa de verdadeira fé, virtude pela
qual acreditamos em Deus e em tudo o que Ele disse e revelou. Sendo a sua
missão a de anunciar e transmitir a Mensagem de Deus, a fé do catequista
alimenta-se quotidianamente com a meditação do Evangelho, bem como com a
prática da caridade.
O catequista é
alguém consciente de que «a fé é garantia das coisas que se esperam e certeza
daquelas que não se veem» (Hb 11, 1-2) e, por isso, fundamenta-se na Palavra de
Deus, que é uma Pessoa. O catequista possui, então, certezas simples e sólidas
que o hão de ajudar na prática do seu ministério apostólico. Com efeito,
enquanto evangelizador e apóstolo de Jesus Cristo, o catequista deve
apresentar-se aos outros como a «imagem de pessoas amadurecidas na fé, capazes
de se encontrarem para além de tensões que se verifiquem, graças à procura
comum, sincera e desinteressada da verdade» (EN 77). Só sendo detentor de uma
verdadeira fé, o catequista poderá realizar a sua missão de transmiti-la, com
tranqüilidade.
Não obstante,
o catequista, enquanto educador da fé, não guarda a fé para si mesmo; pelo
contrário, ele é alguém chamado por Deus a anunciar, a transmitir e a dar
testemunho dessa mesma fé, nas mais diversas circunstâncias da sua vida. Na
verdade, o anúncio da Mensagem de Deus é feito, antes de mais, pelo testemunho
daquele que vive a fé: A Igreja tem bem presente que «o testemunho de uma vida
autenticamente cristã, entregue nas mãos de Deus, numa comunhão que nada deverá
interromper, e dedicada ao próximo [...] é o primeiro meio de evangelização.
"O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que
os mestres [...] ou então se escuta os mestres é porque eles são
testemunhas"» (EN 41). No exercício do seu ministério apostólico, o
catequista dá testemunho, por meio das palavras e ações, da sua própria
experiência cristã.
Num ambiente onde as pessoas tendem a afastar-se de Deus, é cada
vez mais necessário catequistas com convicçõés profundas que, em diálogo com o
mundo, anunciem com alegria a graça que receberam ao se sentirem associados à
missão de Jesus Cristo: a de dar a conhecer a Boa Nova, testemunhando-a no seu
dia a dia. Os catequistas anunciam uma mensagem que, pelo seu significado, dá
origem a um novo estilo de vida. Quanto mais o catequista se mostre alegre no
anúncio da Palavra, tanto mais credível será a mensagem para os que a escutam.
Com efeito, é
precisamente a alegria do catequista, no anúncio da Palavra e do Evangelho, a
demonstração mais evidente de que a Boa Nova, que anuncia, encheu o seu
coração. O catequista tem consciência que Deus está com ele; e é, pois, esta
comunhão que se estabelece entre os dois que leva cada catequista a sentir
necessidade, como profeta, de anunciar a Verdade que o anima. Esta consciência
de participar do amor de Deus leva-o a ser sal e luz do mundo, anunciando a Boa
Nova com alegria, dando-lhe força e determinação para continuar a sua missão,
apesar das dificuldades que, muitas vezes, surgem no seu caminho.
(In: www.luismiguel-digital.blogspot.pt) in DM- Igreja Viva
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