quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Caritas Portuguesa solidária com a Noruega



A Caritas Portuguesa associou-se ao “dolorosíssimo sofrimento” da população da Noruega, marcada sexta-feira por um duplo atentado que retirou a vida a 76 pessoas.

Numa carta dirigida à embaixadora norueguesa em Portugal, Inga Magistad, o presidente daquele organismo humanitário católico manifesta a “mais veemente solidarie­dade aos familiares dos que estão feridos no corpo e na alma”, e pede “ao Senhor da Paz que acolha no seu reino os que pereceram”.

Eugênio Fonseca espera ainda que “apesar da revolta e necessária justiça humana reparadora das atrocidades cometidas”, Deus “derrame sobre os corações de todos os noruegueses sentimentos de paz e compaixão, mesmo que [seja] compreensível a revolta que em si possam conter”.

“É com grande pesar e tristeza que a Caritas Portu­guesa se associa ao dolorosíssimo sofrimento do povo da Noruega, de modo especial, ao dos familiares de todos os que foram vítimas de um ato de horrorosa barbaridade, como nunca tinha acontecido desde a II Guerra Mundial”, .assina­la o texto.

A Caritas considera que “a Noruega é um exemplo para todo o mundo, não só de desenvolvimento econômico e social, como também de tolerância e de abertura para com diferentes visões do mundo”.

“Acreditamos, por isso, que nada poderá pôr em cau­sa esta forma de soberania”, conclui a mensagem de con­dolências á representação diplomática da Noruega.

A nação nórdica foi abalada dia 22 pela explosão de uma bomba junto à sede do Governo, em Oslo, que causou 8 vítimas mortais.

Pouco depois, seria conhecido outro ato de violência, desta vez na ilha de Utoeya, onde 68 jovens, segundo a última contagem das autoridades, foram mortos a tiro en­quanto participavam num acampamento do Partido Traba­lhista, actualmente no poder.

Em declarações à Rádio Vaticano, o bispo de Oslo, D. Bernt Ivar Eidsvig, admite que “a tragédia afetou cada um” dos habitantes da capital norueguesa, para lá de quaisquer “diferenças políticas, religiosas ou culturais”.

Neste domingo, Bento XVI manifestou a sua “profunda dor” pelos atentados, classificando como “graves” os ata­ques na Noruega.

“Mais uma vez, infelizmente, chegam notícias de mor­te e de violência. Todos sentimos uma profunda dor”, disse o Papa, em Castel Gandolfo, arredores de Roma, onde se encontra a passar férias.

O Núncio Apostólico na Noruega, D. Emil Paul Tscherrig revelou que as palavras do Papa “foram transmitidas aos fiéis durante a missa de domingo”, em todas as paróquias, e que as mesmas foram “consideradas pela população como um grande acto de solidariedade”.

O autor confesso dos dois atentados, Anders Breivik, um norueguês de 32 anos, afirmou no tribunal de Oslo que agiu sozinho, declarou-se
Notícia de arquivo- DM
 

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