A missa só pode ser chata para
quem não conhece Cristo, nem compreende a sua mensagem; não é capaz de acolher
a palavra de Deus e o Outro, nem de respeitar as diferenças; não estiver aberto à
transformação interior e exterior, isto é, à mudança, dia a dia, à conversão de
vida.
Também um piano não interessa a ninguém se não o houver quem o toque, e bem...
Tudo é chato quando não queremos abrir os olhos para a beleza das coisas, sobretudo, do culto ao nosso Deus.
Por que a Missa é tão chata?
Para entender a Eucaristia, é preciso conhecer Jesus,
pois com Ele todas as coisas adquirem compreensão, sentido, valor e beleza
24.09.2013
Juan Ávila Estrada
Juan Ávila Estrada
Esta é uma pergunta que os paroquianos costumam fazer aos padres. A grande batalha interior daqueles que descobrem, de alguma maneira, a necessidade de manter com o Senhor uma relação de amor e de culto é precisamente tentar entender algo que, às vezes, por falta de formação, não compreendem, como é o caso da Missa.
Participar de algo que parece monótono e repetitivo com fidelidade, ou por "mandato divino", mas que costuma ser mais forte que sua própria rotina interior, não é fácil para estas pessoas – que acabam em geral aderindo a seitas evangélicas, onde fazem da pregação e do culto a Deus um espetáculo, quase circense.
Para entender a Eucaristia, é preciso conhecer Cristo. Nele, todas as coisas adquirem compreensão, sentido, valor e beleza. É muito difícil que alguém que não tenha uma relação pessoal com Jesus possa chegar a desfrutar do imenso valor da Eucaristia, que não é senão o sacrifício renovado de Cristo, quem se entrega com sua Palavra, seu Corpo e seu Sangue.
Para entender e viver a Eucaristia, é importante dar alguns passos. O primeiro deles é o contato permanente com a Bíblia: participe de algum grupo de oração, um grupo bíblico, de reuniões, buscando viver a fé comunitariamente, pois a Eucaristia é vivência de comunidade.
Assim, você começará a conhecer o Senhor e o que Ele espera de nós. Centre sua vida em Cristo, pois Ele ajuda a dar sentido a tudo. Nele, todas as coisas são compreendidas e vividas de maneira diferente. Ninguém pode fazer isso por ninguém, porque a relação com Deus é sempre personalizada, levada ao âmbito comunitário. Ou você faz isso com disciplina e perseverança, ou ninguém o fará por você.
Disciplina e perseverança: estas são as palavras-chaves da vida espiritual. Que nossa espiritualidade não dependa dos estados emocionais, da vontade, do humor. A vida espiritual seria muito pendular dessa maneira.
Muitas vezes, a oração, a leitura da Palavra e a celebração da Eucaristia são como comer sem vontade: nem sempre se come por fome, mas por necessidade. Quando chega o momento de desfrutar, desfrutemos; e quando for preciso fazê-lo pelo nosso bem-estar, façamos, ainda que não desfrutemos tanto.
Precisamos orar assim como precisamos comer. Não podemos permitir que o desânimo, o tédio ou a incompreensão nos arrastem ao abismo da mediocridade ou da frieza espiritual. Estas são as armas do inimigo, que usa estes sentimentos negativos para nos afastar de Deus. Ele não precisa se apresentar, como muitos imaginam, com chifres e no meio de chamas para nos conquistar. Seu trabalho é mais sutil, imperceptível e calado.
Se não vou à Missa porque a considero chata, se não me confesso porque o padre é mais pecador que eu, se não oro porque não me concentro, se não leio a Palavra de Deus porque não a compreendo, se não me reúno com ninguém porque todos me parecem hipócritas... o inimigo ganha a batalha.
Em outras palavras, estamos perdendo a guerra sem nem ter lutado, porque nos declaramos derrotados antes de começar a combater. Sabemos que o inimigo contra quem lutamos é forte, mas ele começa a trabalhar em nosso interior, de maneira sutil, difícil de captar, fazendo-nos dizer: "não estou com vontade". Ele adora esta frase e ri quando a pronunciamos, e mais ainda quando dizemos "não posso", "não vou me confessar", "não preciso da Missa para acreditar em Deus": é aí que ele se sente vencedor.
Mas, assim como conhecemos a força poderosa do Maligno, devemos aprender que existe Alguém mais poderoso que ele, que o venceu na cruz, que é temido por ele, alguém de quem ele foge, diante de quem ele se ajoelha, não para adorá-lo, mas por medo covarde. Como afirma São Paulo, em Jesus somos mais que vencedores.
Toda essa rotina, monotonia e confusão são vencidas no amor e na adoração ao nosso Salvador. Só em Jesus se pode entender e dar sentido a tudo. Sem conhecer Jesus e sem amá-lo, a Eucaristia sempre será chata.
Participar de algo que parece monótono e repetitivo com fidelidade, ou por "mandato divino", mas que costuma ser mais forte que sua própria rotina interior, não é fácil para estas pessoas – que acabam em geral aderindo a seitas evangélicas, onde fazem da pregação e do culto a Deus um espetáculo, quase circense.
Para entender a Eucaristia, é preciso conhecer Cristo. Nele, todas as coisas adquirem compreensão, sentido, valor e beleza. É muito difícil que alguém que não tenha uma relação pessoal com Jesus possa chegar a desfrutar do imenso valor da Eucaristia, que não é senão o sacrifício renovado de Cristo, quem se entrega com sua Palavra, seu Corpo e seu Sangue.
Para entender e viver a Eucaristia, é importante dar alguns passos. O primeiro deles é o contato permanente com a Bíblia: participe de algum grupo de oração, um grupo bíblico, de reuniões, buscando viver a fé comunitariamente, pois a Eucaristia é vivência de comunidade.
Assim, você começará a conhecer o Senhor e o que Ele espera de nós. Centre sua vida em Cristo, pois Ele ajuda a dar sentido a tudo. Nele, todas as coisas são compreendidas e vividas de maneira diferente. Ninguém pode fazer isso por ninguém, porque a relação com Deus é sempre personalizada, levada ao âmbito comunitário. Ou você faz isso com disciplina e perseverança, ou ninguém o fará por você.
Disciplina e perseverança: estas são as palavras-chaves da vida espiritual. Que nossa espiritualidade não dependa dos estados emocionais, da vontade, do humor. A vida espiritual seria muito pendular dessa maneira.
Muitas vezes, a oração, a leitura da Palavra e a celebração da Eucaristia são como comer sem vontade: nem sempre se come por fome, mas por necessidade. Quando chega o momento de desfrutar, desfrutemos; e quando for preciso fazê-lo pelo nosso bem-estar, façamos, ainda que não desfrutemos tanto.
Precisamos orar assim como precisamos comer. Não podemos permitir que o desânimo, o tédio ou a incompreensão nos arrastem ao abismo da mediocridade ou da frieza espiritual. Estas são as armas do inimigo, que usa estes sentimentos negativos para nos afastar de Deus. Ele não precisa se apresentar, como muitos imaginam, com chifres e no meio de chamas para nos conquistar. Seu trabalho é mais sutil, imperceptível e calado.
Se não vou à Missa porque a considero chata, se não me confesso porque o padre é mais pecador que eu, se não oro porque não me concentro, se não leio a Palavra de Deus porque não a compreendo, se não me reúno com ninguém porque todos me parecem hipócritas... o inimigo ganha a batalha.
Em outras palavras, estamos perdendo a guerra sem nem ter lutado, porque nos declaramos derrotados antes de começar a combater. Sabemos que o inimigo contra quem lutamos é forte, mas ele começa a trabalhar em nosso interior, de maneira sutil, difícil de captar, fazendo-nos dizer: "não estou com vontade". Ele adora esta frase e ri quando a pronunciamos, e mais ainda quando dizemos "não posso", "não vou me confessar", "não preciso da Missa para acreditar em Deus": é aí que ele se sente vencedor.
Mas, assim como conhecemos a força poderosa do Maligno, devemos aprender que existe Alguém mais poderoso que ele, que o venceu na cruz, que é temido por ele, alguém de quem ele foge, diante de quem ele se ajoelha, não para adorá-lo, mas por medo covarde. Como afirma São Paulo, em Jesus somos mais que vencedores.
Toda essa rotina, monotonia e confusão são vencidas no amor e na adoração ao nosso Salvador. Só em Jesus se pode entender e dar sentido a tudo. Sem conhecer Jesus e sem amá-lo, a Eucaristia sempre será chata.
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