sábado, 6 de julho de 2013

BAIRRO DA CRUZ DAS BARRAS: O HABITAT DOS MOCHOS--1986



 
Há 40 anos construíram-se oito moradias acimada Cruz das Barras, numa propriedade. particular. O local tomou o nome de rua particular, pois até era fechada do lado sul com uma corrente de ferro e só lá entravam os moradores ou quem deles tivesse ordem.

Essas oito moradias foram construídas por um senhor da freguesia de Nogueira, Manuel Gonçalves Rodrigues.

Aqui existiam muitos campos com vinhas, uns pauis e daí a confusão com o lugar do Brejo, localizado mais acima onde hoje começa a nova urbanização Capitães de Abelheira.

Nesses campos e no pinhal que se seguia, no Brejo, existiam inúmeros mochos. primeiros habitantes do referido Bairro da Cruz das Barras passavam de noite por serem eles a dar vida ao espaço e a toda a hora ouviam os chilros destes" negros bichinhos" que muitos os têm como anunciadores da morte.

A urbanização acrescida ao referido bairro que também tomou, por esse motivo na gíria popular, o nome de "bairro dos mochos", foi afastando esta bicharada. No entanto ainda existem alguns e ainda hoje os ouvi cantar. Eram 18.00 horas e ouvi-os cantar para o lado dos pinheiros mansos em frente à capela em degradação da Quinta da Família Espregueira Mendes.

Portanto já não se vê os bandos de mochos de outros tempos, mas eles lá estão a dizer que ainda não morreram, chamando a atenção de quem passa pelo crepúsculo da noite.

Esta exploração foi-me inspirada pelo que se passa na Rua Dr. João da Rocha Páris; (Bairro da Previdência) a propósito das rolas que aqui referimos no último jornal.

É que me lembrei ainda do pinhal existente e da caça (perdiz, coelho, sobretudo o que segundo informações de vizinhos daqueles sítios... A Cruz das Barras e o Brejo ser em tempos, o “habitat dos mochos". Continuará o resto, no resto dos pinheiros mansos a manter-se ainda uma amostra razoável dessa espécie...

Isto pode ir acabando como já acabaram outras espécies raras e que existiam em abundância noutro Bairro que referiremos noutra altura.

O que é raro, é caro... Conservem os bichinhos que não fazem mal a ninguém!
 
In Paróquia Nova da autoria minha, em 1986

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