terça-feira, 18 de junho de 2013

O Espírito, nosso Salvador-"O SER HUMANO PODE IR ALÉM DE SI MESMO"

"O SER HUMANO PODE IR ALÉM DE SI MESMO"             por Mário Carapinha
O nosso corpo é composto de duas partesa o físico e o espiritual. O espírito é um órgão complementar do ser humano, invisível, inaudível, insensível, impalpável, etc. que não ocupa espaço, não tem extensão, nem damos conta dele, é um com­plemento da natureza humana, uma faculdade superior dos indivíduos. Fenômenos do espírito não são redutíveis a números matemáticos. Não é dentro do contexto racional da via cinco sentidos, que se pode vislumbrar algo de não material, mas fora deles não faltam sinais por todo o lado. Quantas vezes preferi­mos o visível ao invisível, preferi­mos um sinal de referência, porque viver no vaporoso é difícil. Pode-se considerar como força divina ema­nando de Deus, ou no seu resultado, como espírito insuflado nas pes­soas. Assim como geneticamente somos irmãos pelo físico, de outra forma somo-lo pelo espírito. Face a estas e outras considerações é imperioso que, desde a infância, nas escolas e em família, as pessoas sejam ensinadas profundamente pelos professores e familiares a tratar os outros com carinho e leal­dade, e a deixarem de se preocupar mais com a nica da vida carnal, do que com a eternidade da vida espi­ritual. Enquanto aquela desaparece com a morte, este é imortal. Cada um utiliza-o segundo o seu entendi­mento, melhor ou pior. Com tantas dúvidas sobre o espírito (revelação do mistério de Deus), é considerado como cumpridor escolhido para o reencontro da humanidade com Ele. O ser humano não se reduz a ser uma criatura como o animal. É um ser que pode ir além de si mesmo. Nesta circunstância, se devemos tratar o físico com todos os cuida­dos, o espírito merece uns cuidados especiais, que lhe permitam viver para a eternidade. Se temos alguma consideração pelo nosso ser, deve­mos prepará-lo para a vida imortal. É a irradiação do corpo de Deus que desce até nós. Como o sol, não é uma exclusividade de ninguém. É o dinamizador do nosso pensar, sentir e fazer. É o extracto da volição cons­ciente do pensamento racional, do cumprimento consciente do dever e do auto-domínio. Nele se cumpre o reencontro de Deus com o homem.

O Espírito é um farol para ilumina­ção da nossa alma. Assim como a luz dos raios solares que iluminando a matéria nos possibilita ver as coi­sas, pode ser interposta por nuvens e ventos, que nos dificultam vê-las; os raios espirituais (a luz das nossas vidas), também nos podem prejudi­car quando nele se introduzem os vírus que nos dificultam distinguir o bem do mal.

O problema das relações entre espírito e corpo tem dado lugar a diferentes concepções. O espírito (luz humana que brilha no interior do corpo) penetra no domínio do conhecimento, transformando- -se em omnipotente, omnisciente, omnipresente, sem alteração da sua natureza. A alma predomina, escla­recida pelo espírito. Utilizá-lo cor­rectamente, nem sempre é fácil. Os recursos morais e afectivos do espí­rito, as suas relações com a alma e o pensamento têm sido incompreen­síveis e não intocáveis pelo homem. Hoje, por toda a parte a palavra mestra é o desenvolvimento social e pessoal, que cria mecanismos que vão edificando o ser humano (seu físico, mente, pensamentos, conhe­cimentos, personalidade, cultura, espírito, etc.), agindo em relação uns com os outros. Como tudo na vida, tal é o jogo duma formação cristã integral, que responde à aspi­ração de desenvolvimento pessoal. O espiritual é uma fracção que ultrapassa a imaginação humana. O espírito de fazer o bem, é o dinami- zador do pensar, do agir, do sentir da nossa mente. Daí a admiração, que se não pode deixar de sentir por muitos crentes no Ocidente, diante do seu relativo desconhecimento. O espírito não impede que os seus vírus malignos se introduzam na nossa alma. Para bem da Irmandade Humana, é imperioso que nas esco­las os jovens sejam devidamente elucidados sobre os benefícios do Espírito, para que acabem definiti­vamente todas as dissensões entre as pessoas. Ele é um elemento do ser humano que deve ser bem tratado e respeitado. É preciso que todos nos empenhemos no equitativo desenvolvimento humano e cresci­mento espiritual para que Cristo, se bem tratado e conservado durante a vida terrena, nos abra de par em par as portas do céu, de modo que a nossa passagem na terra seja uma simples peregrinação de dissemi­nação de esperança, amor e fé por toda a parte. O nosso Espírito triun­fará para sempre, se nos portarmos como um rebanho de irmãos, e à hora da morte transporta-nos-há para o Paraíso Celestial, onde vive­remos eternamente em companhia dos Anjos e dos Santos!  in Missões Franciscanas  de Junho

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