terça-feira, 9 de outubro de 2012

Dr. Manuel Freitas, um aveirense de Viana do Castelo com honra e mérito


 
            
 
 
O homem do ouro de Viana veio de Requeixo – Aveiro, com o nome de batismo Manuel Rodrigues de Freitas. Adotou esta terra onde vive sempre com entusiasmo e com alegria, apesar dos revezes da vida.

É um social-democrata e politicamente sempre ocupou o seu lugar à medida de um homem culto, conhecedor e com domínio sobre aquilo que o povo quer. É, por isso, uma pessoa que cria relações rápidas e fáceis com pessoas da cultura ou também de outros quadrantes políticos e com o povo simples das aldeias.

É um homem que nunca foi mais longe na área política talvez pelo seu modo de vida; gerir uma ourivesaria, trabalhar e conhecer o ouro como uma mãe conhece bem o seu filho.

Estuda e aprofunda os meios que tem ao seu alcance para poder "falar" com o ouro e do ouro como um professor, um mestre que ensina aos alunos todos os pormenores, que mostra os seus saberes e vivências.

É eloquente quando fala e profundo no que pensa e tem de dizer.



A sua vida de infância e de adolescência, o seu caminho escolar foi semelhante ao meu, embora ele melhor.

Gostei muito do que li quando os de Requeixo lhe fizeram uma homenagem e o que ele escreveu falando da sua infância e do tempo dos seus estudos. É licenciado em economia e finanças, trabalhou num Banco no Porto, foi convidado por Pinto Magalhães a ir para o Brasil abrir um, mas preferiu o exercício de professor na Escola Comercial e Industrial de Viana, onde exerceu uns anos, deixando o ensino para vir gerir a ourivesaria do tio, em Viana.

A partir daí dedicou-se ao negócio do ouro. Conheceu a sua esposa nos estudos, a Filomena Costa Freitas, licenciada em filologia-românica e em histórico-filosóficas, professora na Escola Comercial e Industrial de Viana e depois no antigo Liceu da cidade. A Drª Filomena que lhe deu um casal de filhos: a Marisa que partiu cedo para Deus; e o Eduardo que tinha, nos tempos livres, tendência para a poesia. Eu tive ocasião de ler um poema dedicado à mãe e outro ao pai.

 
 
A Filomena editou para os amigos um livro "Pétalas Brancas" com uma capa sugestiva de uma rosa querida, cheia de sentimentos puros de uma vida com perfume a amor de mãe, embora vivida com dor, mas com sabor a esperança que muito apreciei e me encorajou também nas minhas aflições.

O Manuel Freitas e a sua esposa sempre foram uns amigos do Berço, desde o princípio os melhores amigos e o Eduardo foi também muito generoso, não só com o Berço como também com outras instituições, da cidade e de fora.


Também ele já partiu cedo para o Além que a todos nos espera.


 

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